Fora da Libertadores, Corinthians perde mais de 50 mil sócio-torcedores

O campeão brasileiro dando show nos gramados em 2015, o Corinthians terminou aquele ano como a equipe que mais havia crescido em número de sócios-torcedores (67 mil novas adesões), tornando-se líder do ranking de clubes com mais associados no Brasil, com mais de 135 mil sócios. Pouco mais de um ano depois, porém, a realidade é bem diferente. O Timão perdeu 53 mil sócios e hoje ocupa a quinta posição, com 81.365 filiados a seu programa Fiel Torcedor.

O rival Palmeiras lidera o ranking com 126 mil sócios, seguido por Grêmio (114 mil), Inter e São Paulo (ambos com cerca de 112 mil). Clique aqui e veja o vídeo do programa Redação SporTV.

Organizado pelo “Movimento por um Futebol Melhor” desde 2013, o “Torcedômetro” leva em conta os dados atualizados dos sócios que estão adimplentes com os clubes brasileiros.

Presidente do Corinthians lembrou que índice de desemprego no país pode ter ajudado na queda de associados /Foto: Reprodução

Após um ano sem títulos, com debandada de ídolos, trocas constantes de treinadores desde a saída de Tite e, principalmente, sem vaga na Libertadores, o gasto com o Corinthians diminuiu na vida de parte dos torcedores, que optaram por não renovar o Fiel Torcedor em 31 de dezembro.

“É uma soma de fatores. Não acabamos o ano enchendo os olhos de ninguém. É um fato, não podemos esconder. Não vamos esquecer que temos 11 milhões de desempregados no Brasil”, ressalta o presidente do clube, Roberto de Andrade.

“Quem está desempregado não vai gastar o dinheiro que tem para assistir a um jogo de futebol se ele pode ver pela televisão. Com o time tendo uma performance melhor, você vai trazendo esse público de volta”, completa o dirigente.

O Corinthians conta com vários modelos de planos: Minha Paixão (R$ 9/mês), Minha Vida (R$ 13/mês), Minha História (R$ 40/mês) e Meu Amor (R$ 60/mês). Apesar de haver benefícios e descontos com alguns parceiros, a principal motivação é obter ingressos sem filas e aumentar sua pontuação para ter prioridade na compra de entradas mais disputadas – o que, sem a Libertadores no calendário, diminuíram.

A queda no número de sócios já reflete diretamente nas arquibancadas. Neste ano, após três jogos em Itaquera, contra Ferroviária (amistoso), Santo André e Novorizontino, ambos pelo Paulistão, a média de público da Arena é de apenas 17.237 pagantes. Contra o time de Novo Horizonte, aliás, o clube registrou o pior público de sua história, com apenas 11.708 pagantes. A expectativa para o clássico de quarta-feira, às 21h45, contra o Palmeiras, é de cerca de 25 mil pessoas, ainda bastante abaixo do que já recebeu a casa alvinegra em anos anteriores.

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