A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre, Rosana Nascimento, cobrou a devolução do dinheiro do Fundo Previdenciário do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) apropriado indevidamente pelos governantes ao longo dos anos, para equacionar o problema de déficit previdenciário no Estado. Destacou que o movimento sindical, ligado ao setor público, discorda de qualquer tentativa de aumento da contribuição sindical de 11 para 14%, como tem ocorrido em outros Estados.
Presidente da CUT no Acre, Rosana Nascimento
Por isso, retornarão às ruas para impedir a votação da proposta de reforma previdenciária que tramita no Congresso Nacional, que permite o aumento do tempo de serviço e da idade. “As medidas amargas que penalizam os trabalhadores não solucionarão o problema do déficit previdenciário, mas a devolução do dinheiro apropriado indevidamente, ao longo dos anos, pelos nosso governantes”, desabafou.
A sindicalista prometeu mobilizar a categoria da Educação para acompanhar as matérias que serão votadas pelos deputados na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac). Destacou que o maior prejuízo que traz para os trabalhadores em Educação, com a reforma previdenciária e o tempo de contribuição de 49 anos, para ter direito à aposentadoria integral, enquanto no atual regime é de apenas 25 anos para os professores e 35 anos para os funcionários de escola.
O segundo ponto é a mudança do tempo mínimo de 65 anos para solicitar a aposentadoria, pois no novo sistema uma professora tem de trabalhar mais 15 anos, já o professor mais dez anos, enquanto no regime de previdência atual, a professora se aposenta com apenas 50 anos, o professor com 55 anos de idade. “Cobraremos dos deputados, que antes de votarem qualquer matéria no plenário da Casa do Povo, escutem a opinião das entidades sindicais”, comentou.
