A iminente demissão de centenas de servidores da área da Saúde estadual está se mostrando um grande desgaste político para o governo do Estado. Na manhã desta quinta-feira (9) o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) comandou uma manifestação em frente do Pronto Socorro do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), em seguida os manifestantes se deslocaram em direção ao centro da cidade.
O presidente do Sintesac, Adaílton Cruz, destacou a responsabilidade do Governo do Estado, pois em nenhum momento este teria se mostrado sensível em relação aos pais de família que perderão os empregos: “Além disso, não se verifica a menor vontade do governo em contratar os substitutos. Estas ações do governo resultará em uma redução e uma piora nos serviços prestados à comunidade, a qual também vai ser duramente atingida”.
Em sua fala antes do início da passeata, Adaílton disse não ser admissível descartar pais de família como se fossem lixo, pois possuem anos de trabalho honesto prestado à Secretaria de Saúde e ao Estado. “Esse governador conseguiu destruir a estrutura da Saúde no estado: salário, estrutura física e agora quer acabar com os pais de família. Isso não pode ocorrer. A sociedade precisa saber o risco que está correndo e que ele quer apenas demitir sem contratar substituto”, afirmou.
Adaílton destacou que os representantes sindicais repudiam qualquer demissão: “Somos a favor de repor e contratar os aprovados e ampliar as equipes da Saúde, pois as vagas existem e não há a necessidade de demitir servidores com experiência. Convoque os aprovados, mas mantenha os que já estão trabalhando”.
Após uma rápida manifestação no PS do Huerb, os manifestantes foram em passeata pela Avenida Getúlio Vargas em direção ao Centro da cidade, quando pararam em frente ao escritório do Governo, na Avenida Brasil, e ficaram em protesto contra a falta de sensibilidade do governo.
Daniel Zen diz existirem saídas possíveis para reduzir os problemas das demissões de servidores
O deputado disse ser preciso uma análise mais detalhada, com uma leitura criteriosa das saídas possíveis para a situação. Ele relatou ter reunido com os sindicatos e com os representantes do governo e depois com os promotores de Justiça do Patrimônio e o da Saúde.
O parlamentar destacou também a questão dos que não tem contratos extras, mas são de setores que não podem parar e sem aprovados: “Estes não podem ser demitidos pois são vitais para o funcionamento da saúde. Para estes o MPAC se mostrou favorável em manter em caráter provisório até uma solução definitiva. Depois dessas análises, verifica-se que dos 380 nem todos vão ser protegidos, mas uma grande parte vai estar protegida”, finalizou.