Não é difícil encontrar bichos de várias espécies trafegando nas estradas do Acre, principalmente nos ramais localizados nos municípios mais afastados das BRs.
O tal “tamanduá de colete” /Foto: Merton D´ávila
Nesta quinta-feira (9) o empresário Merton D´Ávila estava a cinco quilômetros da ponte José Nogueira Sobrinho, em Sena Madureira, quando viu um tamanduá mirin, ou tamanduá-colete, no meio da estrada.
O empresário conseguiu pegar o animal e colocar na margem da estrada, onde ele novamente ficou de pé, momento em que Merton aproveitou para fazer algumas fotografias.
Uma pesquisa feita pela ContilNet sobre o tamanduá encontrado em Sena Madureira aponta que esta espécie de mamífero tem o nome científico de tamanduá tetradactyla, também chamado de tamanduá-colete, jaleco, melete ou mixila, e que é encontrado da Venezuela ao Sul do Brasil.
Vejam o que diz a Wikipédia sobre o tamanduá-mirim:
O tamanduá-mirim (nome científico: tamandua tetradactyla), também chamado tamanduá-colete, jaleco, melete ou mixila, é um mamífero xenartro da família Myrmecophagidae, sendo encontrado da Venezuela ao sul do Brasil. É uma das quatro espécies de tamanduás e junto com as preguiças está incluído na ordem Pilosa.
São reconhecidas quatro subespécies. É um animal arborícola e pode ter até 105 cm de comprimento. É reconhecido principalmente por um padrão de pelagem que faz com que pareça que ele usa um colete preto, apesar de que essa coloração pode variar, com indivíduos totalmente pretos ou marrons. Possui longas garras nas patas anteriores e caminha apoiando o peso sobre os pulsos dos membros anteriores, contrastando com o tamanduá-bandeira, que é nodopedálico.
Tamanduá chamou a atenção do empresário que trafegava na BR-364 /Foto: Merton D´ávila
Pode ser encontrado em muitos ambientes, desde florestas até savanas, mas é predominantemente florestal, sendo encontrado com frequência em bordas de florestas, preferindo forragear nesses ambientes. São animais solitários, de hábitos que podem ser tanto diurnos quanto noturnos. Se alimenta preferencialmente de formigas e cupins, preferindo as castas reprodutivas de formigas, e não soldados.
Seus predadores incluem felinos de grande e médio porte, como a onça-pintada, a suçuarana e a jaguatirica. Os filhotes são carregados nas costas da mãe, até que se tornem independentes, mas ocasionamento podem ser deixados em “ninhos”. Está listado como “pouco preocupante” pela IUCN.
Apresenta distribuição geográfica ampla, e é relativamente abundante nos locais em que ocorre, apesar de já terem ocorrido extinções locais. Não parece haver grandes ameaças para o tamanduá-mirim, apesar de que a caça para alimento ou venda como animal de estimação, predação por cães representam perigo à sobrevivência das populações dessa espécie. No Uruguai, as populações tendem a diminuir principalmente por conta da substituição de áreas naturais por plantações de Eucalyptus.