A Fundação Abrinq divulgou o estudo Cenário da Infância e Adolescência no Brasil, no qual revela que cerca de 17 milhões de crianças com até 14 anos – o que equivale a 40,2% da população brasileira nessa faixa-etária – vivem em domicílios de baixa renda. No Norte e no Nordestes, regiões que apresentam as piores situações, mais da metade das crianças [60,6% e 54%, respectivamente] vivem com renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo. O estudo foi feito utilizando dados de fontes públicas, entre elas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo os dados da pesquisa, no Acre 56% das crianças com 0 a 14 anos vivem em situação de pobreza, 130.852 crianças possuem classe de rendimento mensal domiciliar per capita de até meio salário mínimo, outras 48.702 crianças na mesma faixa-etária vivem em situação de extrema pobreza, onde o rendimento é menor ainda, não ultrapassando 1/4 de salário mínimo.
No Acre 56% das crianças com 0 a 14 anos vivem em situação de pobreza/Foto:ReproduçãoInternet
Com estes números preocupantes, o Acre ocupa o quinto lugar no ranking da Região Norte. O percentual apresentava tendência de queda em 2014, mas voltou a subir no ano pesquisado. O relatório mostrou ainda que as meninas estão se casando cedo no Acre: em 2014, último ano com dados no estudo da Abrinq, 521 mulheres de 15 a 19 anos se casaram no Acre. Apenas uma menor de quinze declarou casamento.
Os dados podem ser consultados clicando aqui.
O estudo revelou ainda que no Acre a Taxa de Analfabetismo (ou percentual de analfabetos) entre a população de 15 anos ou mais, ou entre 10 e 15 anos, que não sabem ler ou escrever um bilhete simples na língua, era de 13,1% em 2014, último ano que o dado foi disponibilizado.
