Jovens com síndrome de down empregados na Aleac viram ‘xodó’ dos servidores

Celine, de 32 anos, e o senhor Francisco, de 37 anos, contratados pela Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para trabalharem, transformam-se a cada dia no ‘xodó’ dos servidores. Dedicados e muitos criativos, eles recebem uma ajuda financeira para custear suas despesas, mas isso é o que menos importa, a relação de Celine e Francisco com os demais funcionários é de muito amor e confiança.

A oportunidade de inclusão ocorre graças a uma resolução aprovada em 2008, pelo deputado Ney Amorim (PT), que hoje é o presidente da Aleac. Em convênio com a Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE), a instituição fez uma seleção e contratou os dois novos servidores.

A foto foi registrada pelo freelancer Willamis França e a postagem faz sucesso em sua página da rede social. Para Willamis, os trabalhadores da Casa revelaram que os dois servidores só ouvem palavras de admiração e que a aceitação foi 100%.

A consultora em educação inclusiva, Marina da Silveira Rodrigues Almeida, revela em estudo acadêmico que, infelizmente, ainda se encontram muitas barreiras para conseguir com que pessoa com deficiência intelectual possa realizar-se com dignidade e inteireza em sua identidade como pessoa trabalhadora.

“Os empresários alegam alguns motivos para manterem mais resistência a disponibilizar vagas para pessoas com deficiência intelectual, como por exemplo as pessoas com síndrome de Down. No fim eles acabam optando por preencherem as vagas com pessoas que tenham outros tipos de deficiência”, revela Marina.

Ela destaca ainda que, em um panorama geral, o processo de exclusão historicamente imposto às pessoas com deficiência deve ser superado por intermédio da implementação de políticas inclusivas, ações afirmativas e pela conscientização da sociedade acerca da potencialidade dessas pessoas.

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