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“Tem dinheiro, falta gestão”: declaração de Abdala provoca mal estar no Palácio Rio Branco

Por REDAÇÃO CONTILNET

“Tem dinheiro, falta gestão”

A frase destacada pelo secretário nacional do Ministério da Saúde, Rogério Abdala, provocou um mal estar no Palácio Rio Branco. Durante toda manhã de quarta-feira (19) foi grande a correria e vários os telefonemas disparados pela equipe de comunicação do governo, na tentativa de desfazer a revelação.

Secretário do Ministério da Saúde, Rogério Abdala /Foto: ContilNet

Série de reportagem

A ContilNet teve acesso a documentos que comprovam a veracidade das declarações dadas pelo secretário. As provas são tão fartas que vai dar uma série de três reportagens mostrando que recursos estão em caixas, emperrados sabe-se lá porquê. Segundo o secretário de Saúde do Estado, Gemil Júnior, existem burocracias. Será

Como explicar

Como se explicar, por exemplo, a não conclusão da UPA de Cruzeiro do Sul, uma obra iniciada na gestão de Binho Marques que este governo, mesmo com recursos em caixa, não consegue concluir? E a verticalização do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco?

Desabafo

Um dos representantes de instituições da rede estadual de Saúde que esteve no encontro de Abdala com prefeitos e secretários municipais desabafou: “Essa foi a melhor notícia que o senhor nos trouxe, porque o que dizem é que falta dinheiro para tudo na saúde!”

Forçaram a barra

A equipe de comunicação do governo tentou até o último segundo uma declaração de Rogério Abdala, chegou a oferecer uma coletiva no aeroporto internacional de Rio Branco, onde o secretário se preparava para embarcar de volta a Brasília. A tentativa era desfazer a saia justa imposta ao secretário Gemil e, por tabela, o governador Tião Viana.

Experiente

Mas não teve jeito, o experiente secretário não deu declarações e sustentou o que afirmou durante toda a sua visita no Estado com relação à Saúde pública: “Tem dinheiro, falta gestão”. Descendente de turco, Abdala é muito prático e objetivo. Quem participou da audiência dele com o reitor Minoru Kinpara, da Universidade Federal do Acre, pode falar melhor sobre sua maneira de tratar os assuntos de governo.

Atolado

O prefeito do município de Xapuri, o Bira (PT), no meio de uma discussão sobre ramais, com o diretor do Deracre, disse que não pôde chegar até uma inauguração de ramal no vizinho município de Brasileia por que atolou seu carro no trajeto. A declaração foi motivo de risadas no encontro de prefeitos da Amac.

Plantão

O suplente de deputado estadual Jamyl Asfury, chegava para o seu plantão como Policial Federal no Aeroporto Internacional de Rio Branco com mochilas nas costas. Usou a área menos habitada do saguão de acesso ao portão de embarque, mas teve que dizer para alguns que encontrou no caminho: “Voltei a trabalhar”.

Nomeação

Recentemente, Jamyl foi atendido pelo Palácio Rio Branco, teve a mulher, pastora Sandra Asfury, nomeada no segundo escalão do governo de Tião Viana. A publicação do decreto saiu em uma daquelas levas em que esposas, amigos e padrinhos de pastores foram agraciados pelas bênçãos de Tião Viana.

Apareceu

Durante visita de Rogério Abdala no programa Telesaúde, do Governo Federal, no bloco de Medicina da Universidade Federal do Acre, pôde-se rever algumas figuras abandonadas pela Frente Popular do Acre. Não é que o ex-secretário de saúde, Dr. Osvaldo Leal, é um dos teleconferencistas do programa? Osvaldo foi um dos acusados pelo Ministério Público Estadual pelo suposto desvio milionário da Fundação Hospitalar do Acre.

Participantes do Telesáude na UFAC /Foto: Reprodução

Ausente na agenda

Quem deveria comparecer na agenda – principalmente na visita ao Telesaúde – era o governador Tião Viana, mas este, como de costume, preferiu colocar os interesses do estado abaixo de seu umbigo. Pelo que consta, Tião, quando senador da República, foi o grande entusiasta da implantação do programa Telesaúde no Acre.

A luta de ZUM

O prefeito de Assis Brasil, o Zum, tem feito promessas para todos os santos tentando levar o serviço de imigração da Polícia Federal para dentro da cidade. A luta é para que o município seja visto pelos mais de 7 mil turistas que passam mensalmente pela BR-317, sem deixar nenhum centavo para economia local. Ninguém desce a ladeira para conhecer Assis Brasil.

Juruna, o fugitivo de sorte

O vereador Juruna só não é visto pela Polícia Civil, mas consegue facilmente atestado médico nos postos de saúde pública e, por último, protocolou até pedido de licença de quatro meses. Tudo na tentativa de não ser cassado, não perder a boquinha e receber o salário enquanto é considerado fugitivo.

Pior que Brasília

Alguns preços praticados pelos estabelecimentos comerciais instalados no aeroporto de Rio Branco estão superfaturados. Uma água mineral sem gás encontrada em toda Capital do Acre pelo valor de R$ 2, por exemplo, é cobrada ao preço de R$ 5 no terminal de passageiros. Está pior do que os preços praticados no aeroporto de Brasília.

Justiça Eleitoral

Até agora, ninguém da Justiça Eleitoral vem à público explicar como foram aprovadas as contas dos políticos envolvidos até o pescoço na Operação Lava Jato, acusados por corrupção, caixa 2 e outros artigos. Afinal, o dinheiro investidos nas campanhas foi ou não de forma lícita.

Campanha pobre

A campanha eleitoral de 2018 tem tudo para ser uma das mais pobres da história. Empresários impedidos de financiar, teto de gastos definidos para eleições majoritárias, ou se define o financiamento de campanhas até outubro deste ano ou a vaca, para alguns partidos, vai para o brejo.

Queima Jesus!

Um deputado estadual da base evangélica da Assembleia Legislativa do Acre confirmou o plano de divisão da Igreja Assembleia de Deus, mas disse que, tal estratégia já foi arquitetada por várias vezes sem que sua execução tivesse êxito. Como dizem os mais antigos: onde há fumaça, tem fogo! Queima Jesus!

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