MP, IDAF e Vigilância Sanitária apreendem carne imprópria para consumo em açougues de Assis Brasil

Uma operação do Ministério Público Estadual e a Vigilância Sanitária Municipal apreendeu carne imprópria para consumo e produtos derivados do leite sem produção e armazenamento adequado na cidade de Assis Brasil, na fronteira com o Peru. Três empresários foram detidos e tiveram que pagar fiança para serem liberados pela Policia Civil.

Vereador Thery qyer elasticidade no prazo dado pelo Ministério Público para comerciantes se adequarem as exigências da lei/Foto ContilNet

A operação aconteceu no final de semana, foi confirmada pelo fiscal sanitário Neudo Lopes. Ele disse que os açougues já tinham sido autuados e tinham prazo para se adequarem. Os nomes dos empresários detidos não foram informados, mas, segundo o sanitarista, trata-se de proprietários dos estabelecimentos JB, Baratão e Bela Vista.

“Foram encontradas carnes de boi e de porco imprópria para o consumo, leite e queijo com produção artesanal e armazenamento inadequado” confirmou Lopes.

O único abatedouro existente na cidade está fechado há mais de seis meses por não estar com estrutura adequada de funcionamento. Com isso, a carne com selo de inspeção que chega ao município é fornecida por um frigorífico de Brasileia.

“A denúncia que chegou ao Ministério Público era da venda de carne clandestina, daí o motivo da operação”, acrescentou Lopes.

Segundo o que a reportagem apurou, os proprietários já cumpriam prazo de adequação estabelecido pelo MPE. O caso foi debatido na sessão de ontem (3) na Câmara Municipal. O vereador Wendell Marques, o Thyero, quer a elasticidade do acordo para que os comerciantes possam cumprir as exigências.

“Essa medida atinge os maiores comerciantes da cidade que geram postos de trabalho e os pequenos produtores, que carecem de tecnologia para vender seus produtos” disse Thyero à ContilNet.

Ainda segundo o vereador, com o fechamento do abatedouro, cerca de R$ 300 mil deixam de circular na cidade todos os meses. Uma audiência pública deve buscar soluções para o problema. Os comerciantes autuados vão responder processo civil.

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