Pecuaristas acusam Carne Fraca por prejuízos no Acre: “Tiro de canhão para matar mosquito”

O presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez, participa da sessão desta quarta-feira (5) na Câmara Municipal de Rio Branco na qual estão sendo discutidos os efeitos da “Operação Carne Fraca”, desencadeada pela Polícia Federal em março deste ano. Veronez acredita ainda que o mercado local demore pelo menos mais um mês para normalizar: “Acredito que ainda vai demorar cerca de 30 a 40 dias para que o nosso mercado se erga e as coisas normalizem para a pecuária local”.

Para Assuero, no Acre a operação não teve grande repercussão, mas mesmo assim acarretou alguns prejuízos: “Essa mancha vai se diluindo como tempo e vai-se conquistando a confiança do consumidor novamente. Aqui no Acre estamos sentindo pouca repercussão, no começo foi ruim, afinal dois frigoríficos suspenderam o abate, e isso gerou prejuízo. Hoje um bezerro está cerca de R$150 mais barato que antes da operação e isso impacta a vida principalmente dos pequenos produtores, os leilões no parque de exposição estão praticamente parados, todo mundo está retraído”, afirmou o presidente.

Pecuaristas afirmam que mercado vai levar tempo para recuperar confiança do consumidor /Foto: ContilNet/Nany Damasceno

O Estado exporta cerca de 80% da carne produzida, em terras acreanas há cerca de 3 milhões de cabeças de gado sendo considerado o segundo maior rebanho comercial do mundo. Veronez destacou que a Operação Carne Fraca não passou de um: “Estardalhaço, um espetáculo da Polícia Federal. No final as coisas vão se comprovando que os problemas eram mais a uma corrupção nas delegacias do Ministério Público entre fiscais e donos de empresas fazendo vistas grossas, permitindo que fraldassem alguns produtos, foi um tiro de canhão para matar um mosquito”.

PUBLICIDADE