Odebrecht teria distribuído propina para índios e policiais; obras do Madeira foram alvos do esquema

Os negócios da Odebrecht envolvendo recursos do Ministério das Minas e Energia, especialmente nas Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira, foram os que tiveram maior atuação da organização criminosa, segundo o Ministério Público Federal.

Para proteger os interesses da Odebrecht os empresários dizem que davam dinheiro não somente para políticos e funcionários públicos. O ex-presidente da empresa, Henrique Serrano, conta que distribuía dinheiro até para índios.

Um dos índios citados no depoimento de Serrano aparece na lista com o codinome: tribo. Até policiais receberam propinas na região, segundo o empresário. A propina paga a policiais era para dar proteção aos canteiros de obras, principalmente nos momentos críticos de invasões e incêndios. O canteiro de obras do Jirau foi um dos locais que policiais receberam propinas.

Nesse inquérito estão as informações que fazem parte da investigação do senador Valdir Rauup (PMDB). O Ministério Público Federal quer saber se ele foi um dos beneficiados com o pagamento de R$ 20 milhões de propinas.

Ainda de acordo Serrano, o dinheiro de propina foi pago também para sindicalistas, que cobravam ‘pedágio’ mensais para não apoiarem greve e ações violentas na região do Rio Madeira.

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