Noticiado pela ContilNet no último fim de semana, o conflito entre os motofretistas e a Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) continua na capital acreana, com manifestos da categoria nas principais vias de acesso do Centro.
Na manhã de terça-feira (9), motofretistas bloquearam o acesso em frente à sede da Prefeitura, reafirmando que o órgão público não estabeleceu o diálogo exigido pela categoria e reivindicando novamente alterações na Lei Municipal Nº 2.135, que dispõe sobre serviços de transporte de pequenas cargas.
Nesta quarta-feira (10), um novo bloqueio aconteceu na Ponte Metálica, interditando gravemente o trânsito da região. Zildemar Batista, que trabalha há um ano e seis meses como motofretista, também estar sofrendo perseguição pela RBTrans. “Toda vez que levo minha filha à escola somos parados. Sofremos com perseguição, incluindo multas e apreensão de motos”, disse.
Para André Rego de Araújo, as multas também são abusivas e infundadas. “Queremos o cancelamento imediato dessas cobranças indevidas e que a Lei seja revista para que o transporte de passageiros seja permitido”, afirmou o motofretista.
Mas a situação pode se complicar nos próximos dias. Gabriel Forneck, diretor-superintendente da RBTrans, afirmou que a Lei é clara quanto às condições que regem as atuações dos mototaxistas e dos motofrestitas, sendo, respectivamente, destinados ao transporte de passageiros e de pequenas cargas.
“Infelizmente, uma parte da categoria dos motofretes querem transportar pessoas, e isso não é autorizado – constituindo transporte clandestino, que sujeita estes profissionais à multa e apreensão dos veículos. A RBTrans não abrirá concessões nesse sentido. A Prefeitura está licitando mais 60 novas vagas para mototáxi, ou seja, se há esse interesse em transporte de passageiros, podem participar desse processo”, explicou Gabriel.