20 de abril de 2024

Os seringueiros merecem ser homenageados neste 1° de maio

A demanda internacional pela extração da borracha recrutou muitos trabalhadores nordestinos para o Acre e estes deram uma contribuição significativa às Casas Aviadoras de Manaus e Belém a partir da metade do século XIX. Nesse período houve um aumento considerável na produção da borracha e fez com que o Acre chegasse a ser o 3° maior contribuinte tributário da União, sendo a produção da borracha a 25% da exportação do Brasil.

Seringueiro:Foto:Reprodução

Eles moravam no meio da floresta no dentro de um seringal em uma “colocação”, em uma casa simples feita de “paxiúba” em forma de palafitas, dormiam em redes, a iluminação era feita pela lamparina ou lampião. Não tinham geladeira, celulares de última geração nem computadores e quando morria um ente querido colocavam a “vela” nas mãos desejando um caminho de luz para aquele que partia.

Conversando com um ex-seringueiro, ele relatou que a maior dificuldade era para namorar, pois “paquerar” só em datas festivas, quando todo o povo de seringal se encontrava, daí quem era solteiro encontrava também sua cara metade.

Geralmente os encontros aconteciam no barracão onde os seringueiros compravam os gêneros de necessidade (alimentos, roupas e equipamentos), bem como servia de depósito para a borracha recolhida. Eram uma ou no máximo duas vezes ao ano os encontros. A vida desses homens e mulheres foi marcada por uma história de exemplar. Aproveitavam o ano todo para trabalhar e educar seus filhos, inclusive, a educação moral e cultural marcou a vida das gerações da época.

Talvez para as gerações consumistas e capitalistas não herdaram nada! Uma das explicações podem ser simples, a economia da extração da borracha não foi vista como Política do “Café com Leite” que visava a predominância do poder nacional por parte das oligarquias paulista e mineira, se assim fosse, seriam os ex-seringueiros hoje, grandes latifúndios e proprietários de multinacionais.

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