Paralisação dos Correios reúne quase 70% dos funcionários em protesto no centro de Rio Branco

Deflagrada no dia 26 de abril, a greve dos Correios continua no Acre e em outros 19 estados, com principal ponto de diálogo com a categoria sendo as questões voltadas à privatização da empresa e aos planos de saúde dos funcionários.

Nesta quinta-feira (4), os grevistas realizaram uma nova manifestação na agência dos Correios no Centro da capital, após intermediação realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na última quarta-feira (3), mas não houve acordo por parte da empresa.

Categoria se reuniu em frente a sede dos Correios no centro /Foto: ContilNet/Astorige Carneiro

Edson Pinheiro, presidente do Sindicato dos Correios do Acre (Sintect/Acre), afirma que 30% da equipe acreana ainda está trabalhando, mas a maioria já aderiu à causa grevista – que é, segundo o sindicalista, para garantir a eficiência e a qualidade dos serviços para a população.

“O sindicato no Acre segue na paralisação junto com outros 28 em todo o país. Hoje está acontecendo, em Brasília, uma reunião com o presidente Michel Temer para tentar formular e fechar uma proposta que teve início no TST. Assim que essa proposta for fechada, será encaminhada para a Assembleia para decidir se a greve segue ou não”, explicou Edson.

Carteiros estão contra a privatização da empresa /Foto: ContilNet/Astorige Carneiro

O líder sindical também reafirma que, caso a privatização seja aprovada, o principal objetivo dessa medida será o lucro, e não o atendimento de qualidade à população: “Caso a empresa seja terceirizada, os objetivos serão todos voltados para o lucro, e os habitantes de municípios menos favorecidos, como Santa Rosa do Purus e Marechal Thaumaturgo, terão que se deslocar até Cruzeiro do Sul para utilização dos serviços”.

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