Uma pesquisa realizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) mostrou que o Acre apresenta o maior rendimento agrícola do país por hectare de produção e o dobro da média brasileira de mandioca por hectare.
O resultado é importante, pois a Apex atua para impulsionar os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira.
“O estudo veio confirmar o que nós já sabemos, que é o potencial da mandioca aqui no Estado, temos a maior produtividade do Brasil. Temos um povo voltado para esta cultura, a exemplo do Juruá, que se especializou muito na fabricação de farinha que é exportada para o Amazonas, Rondônia e logo menos para o restante do Brasil”, afirmou o Secretário adjunto de Agricultura e Pecuária, Fernando Melo.
O fator tropical contribui diretamente nesse rendimento agrícola constatado pela Apex. O clima quente e úmido do território acreano é ideal para a produção da mandioca. A planta necessita de temperaturas acima de 18 graus e muita luminosidade.
Com estes resultados, o Estado pretende implantar uma indústria de fécula – subproduto extraído da mandioca, podendo ser utilizada para fabricação de produtos alimentícios, farmacêuticos e têxteis.
“Devido a nossa alta produtividade que o estado entende que podemos implantar uma fecularia, pois nos encontramos próximos dos mercados consumidores e temos uma terra produtiva”, afirmou Fernando Melo.
Para dar andamento ao planejamento da fábrica, o governador Tião Viana, junto com empresários do setor, visitou recentemente a empresa Agrícola Horizonte Ltda., localizada em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. A fábrica é a segunda maior indústria de fécula do Brasil, referenciada na América Latina.
Produção
O IBGE diz que o Brasil é o terceiro país no mundo com a maior área colhida de mandioca, ficando atrás da Nigéria e da República do Congo respectivamente. Foram 1,5 milhões de hectares no ano de 2015. O Censo Agropecuário de 2016 mostra que Acre é o 13° Estado, com 39 mil hectares de áreas colhidas, porém, o Estado apresenta o maior rendimento produtivo por hectare do país, subindo para 9° lugar em termos de valor bruto da produção, movimentando uma economia de R$ 332 milhões em 2014, conforme o IBGE.
Com informações da Assessoria