Pimenta: Tião Viana afirma que gastos de R$ 1,6 bilhão na BR-364 foram desde 1969

Sem noção

O governador Tião Viana parece que está perdendo a noção da realidade. Na solenidade de lançamento do Plano Safra, no município de Rodrigues Alves, ele afirmou que os gastos na ordem de R$ 1,6 bilhão na BR-364 são a somatória de todos os investimentos de governos, desde 1969.

Fora da realidade

Pelo que sei, Tião Viana é médico, embora frequente alguns rituais espíritas, não é Pai de Santo. Precisaria mais que isso para ele apresentar os dados relativos há 1969, quando o presidente militar era Emílio Garrastazu Médici. No Acre, o governador era Jorge Kalume, ou será que ele pensa que a população de Rodrigues Alves é tão leiga assim?

Tião Viana fez comparações dos gastos com a BR-364 citando a obra do Anel Viário de São Paulo

Gravado

O que ele, talvez, não esperava é que seu discurso estivesse sendo gravado. “São 650 km, foram investidos um bilhão e seiscentos mil reais desde 1969, quando começou a interligação entre Rio Branco e Sena Madureira até a chegada dela hoje, ao longo de todos os governos”, disse o governador em alto e bom tom.

Comparações

Tião Viana fez comparações dos gastos com a BR-364 citando a obra do Anel Viário de São Paulo, uma obra de 60 km, que, segundo Tião, custou R$ 5 bilhões de reais. “Olha a diferença de preço”, acrescentou.

Fernão Dias

Ainda justificando os gastos na rodovia que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul, Tião Viana falou da Fernão Dias, de São Paulo: “Tem quilômetro de R$ 500 mil e quilômetros de R$ 4 milhões, uma média de R$ 7 milhões o quilômetro. Governado pela oposição, lá em São Paulo”, comentou.

Sem risco

O governador não arriscou dizer que existiu corrupção na construção da rodovia – e não avenida – Fernão Dias no trecho entre duas regiões metropolitanas brasileiras: a grande São Paulo e a grande Belo Horizonte. Chamou de “peculiaridades de desafios de construção”.

Grande debate

O nervosismo do governador, que até trocou nomes de avenidas, confundiu trechos de responsabilidade do Estado e do DNIT [Governo Federal], teve um nome nesta solenidade: o presidente da Câmara de Rodrigues Alves, vereador Saulo Vasconcelos. Antes do discurso de Tião, o representante da oposição no município rasgou o verbo, cobrou promessas antigas do Executivo e ainda pediu que o governador respeitasse o senador Gladson Cameli e a deputada federal Jéssica Sales.

Abre aspas

“O homem público tem que ter verdade e ser integro. Eu sou um simples presidente da Câmara Municipal, mas jamais vou me calar diante dessas críticas. O que mais falaram foi de BR-364 e reforma da previdência. O Gladson e a Jéssica são filhos do Juruá, jamais poderiam ficar de braços cruzados e verem a BR fechar”, disse o vereador Vasconcelos, olhando nos olhos de Tião Viana.

Presidente da Câmara de Rodrigues Alves, vereador Saulo Vasconcelos

Pelas redes sociais

O fato teve repercussão pelas redes sociais. Vasconcelos está sendo chamada de “cabra macho”. De fato, o vereador foi autêntico, peitou toda comitiva de Tião Viana, entre eles os deputados estaduais Daniel Zen e Jonas Lima, ambos do PT.

Viralizou

A notícia das obras de restauração na BR-364, como diz a gíria digital, viralizou na região do Juruá. Não se fala em outra coisa a não ser nas obras, desde a pensão do Mercado até os gabinetes administrativos.

Erro de estratégia

É um erro de estratégia muito grande, com as obras em andamento, querer falar mal do senador Gladson Cameli e da deputada federal Jéssica Sales em seus territórios. Disseram o que queriam, ouviram o que não quiseram.

Proibição

Um vereador da base do Palácio Rio Branco, que estava na solenidade de lançamento do Plano Safra em Rodrigues Alves, disse que telefonemas teriam sido disparados para os vereadores nos municípios antes da solenidade, para que ninguém tocasse no assunto “Ramais do Povo”.

Correria

Para missa ser completa, não poderia deixar de registrar a correria no evento, quando o vereador Saulo Vasconcelos disse que quebraria o protocolo se não deixassem ele falar. “Vai ser no gogó”, ameaçou. Quando enfim lhe foi dada a palavra, e o conteúdo não foi nada agradável, um militante conhecido nas redes sociais tentou cortar o áudio. A casa caiu pra cima do chefe de cerimonial. A correria foi grande.

Mazinho Serafim

Prefeito Mazinho Serafim viaja amanhã para Brasília. Na Capital federal ele pretende assinar um convênio com a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) para aquisição de uma usina de asfalto. Mazinho Serafim deixa várias obras acontecendo na cidade de Sena Madureira, uma delas, o estádio local que estava abandonado depois da lambança feita na gestão de ex-prefeitos.

PDT de vice

Parece que o deputado estadual Luiz Tchê blefou. Garantiu o nome de Emylson Farias como pré-candidato ao governo e vai lhe restar, se quiser, a indicação de vice, na chapa dos sonhos para a oposição, com Daniel Zen na cabeça. E agora, Gaúcho?

Suplência

Nesta mesma engenharia, restara para a atual vice-governadora, Nazaré Araújo, a suplência de Senado. Dizem à boca miúda que Nazaré já vinha gostando dessa onda de ser pré-candidata ao Palácio Rio Branco nas eleições de 2018, concorrendo como cabeça de chapa. Até a cota de gasolina da vice-governadora tinha aumentado.

Vácuo no PRB

Com a saída do deputado federal Alan Rick do PRB, os cardeais no Acre não perderam tempo e já trabalham o nome do presidente da Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Manoel Marcus, para assumir o vácuo deixado no partido. É um bom nome, vem realizando um trabalho republicano.

Longe de uma mesa

Os cardeais da oposição no Acre, no entanto, estão longe de um acordo. Há quem já tenha jogado a toalha com relação à disputa pelo Senado. Cogita-se duas chapas, dois palanques. O risco de não fazer nenhum nome é iminente. Acordo nenhum acontece com todos longe de uma mesa de reuniões com metas e planejamento.

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