Taxistas reagem à chegada do Uber e preparam aplicativo com até 30% de desconto em Rio Branco

O Sindicato dos Taxistas, diante dos problemas causados pelo advento do aplicativo Uber e possíveis soluções, está convocando a categoria para uma assembleia-geral, que será realizada nesta sexta-feira (16), às 19h, no Auditório do Sest/ Senat. “O Uber invadiu o Brasil de forma agressiva e sem regramentos”, assim avalia representante da classe, Esperidião Teixeira.

Ele enfatiza que nenhum grupo social consegue se opor às novas tecnologias, porém, as mudanças não devem interferir na qualidade dos serviços prestados ou na segurança dos usuários. “O CTB [Código de Trânsito Brasileiro] diz que o transporte remunerado de passageiros tem que ser feito por carros de placas vermelhas”, observou o sindicalista.

Os problemas causados pelos serviços oferecidos pelo aplicativo Uber, segundo Teixeira, estão na falta segurança quanto à conduta do motorista, bem como às próprias condições do veículo. “O problema é que não existe um órgão fiscalizador”, destacou ele, anunciando que, em um prazo de um mês, a população poderá contar com um aplicativo da categoria.

Atendimento de qualidade, praticidade e preço justo. Foi assim que o aplicativo de caronas pagas Uber foi apresentado quando chegou ao Brasil, em 2014. Por muito tempo, o serviço fez jus à propaganda. Carros novos, motoristas educados, água e balas como cortesia, além das tarifas acessíveis.

Com o tempo, a boa impressão inicial foi dando lugar a reclamações. Em muitos lugares, usuários estão insatisfeitos com uma mudança da interface do aplicativo, que deixou de avisar quando a tarifa é “dinâmica”, ou seja, podendo variar de preço, além da insegurança que alguns condutores transmitem, seja em relação ao itinerário, à própria habilidade da mão volante ou a forma como tratam os passageiros.

Ex-diretor, José Cornélio de Oliveira Júnior, o Cebolinha /Foto: ContilNet

“Rio Branco é uma das Capitais mais violentas do país. Os nossos condutores [cerca de 1.200 só na capital] não têm processos criminais e passam por constantes qualificações oferecidas pelo nosso sindicato”, explicou Esperidião Teixeira, anunciando para os próximos dias um desconto entre 20 a 30%.

O ex-diretor do sindicato, José Cornélio de Oliveira Júnior, o “Cebolinha”, disse que já existem alternativas para o impasse. “Já tem aplicativos devidamente legalizados, que fazem o mesmo trabalho do Uber, mas com a permissão e cumprimento da legislação”, informou o ex-taxista, que é um dos pioneiros na inovação tecnológica nos transporte coletivos de Rio Branco.

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