Depois de tanta polêmica e boas expectativas por parte dos usuários do Uber, parece que o aplicativo frustrou a esperança de quem achava que se cadastrando iria poder finalmente ter uma boa renda mensal no fim do mês, trabalhando de forma autônoma como motorista de Uber.
Pelo menos é o que conta o ex-motorista do aplicativo, R.R, que após ter se cadastrado e ter mandado toda a documentação via internet começou a realizar corridas em Rio Branco, no entanto procurou o portal ContilNet para fazer uma denúncia, alegando que o Uber não lhe trouxe nenhuma segurança financeira, nem mesmo física, e que só teve prejuízos.
“Eu entrei no site que a gente se cadastra, eles mandaram algumas informações e após pesquisar sobre o aplicativo eu baixei, enviei a documentação que me pediram, fui aprovado. Mas quando comecei a trabalhar percebi que a taxa de serviço é muito baixa aqui no Estado, porque não estava compensando com o que eu gastava com combustível, fora a manutenção do veículo. Por exemplo, em 19 corridas que eu fiz, só me renderam 129 reais, pois toda segunda eles fazem o cálculo e na quarta depositam, mas eu até hoje não recebi esse dinheiro”, contou.
O denunciante explicou ainda que estava no bairro São Francisco quando um usuário que estava no centro da cidade solicitou um carro para ir ao Via Verde Shopping. Ao atender o cliente, R.R percebeu que a corrida deu apenas R$ 9, sendo que de combustível ele gastou muito mais. “É muito pouco, não paga nem o combustível, quem dirá o meu trabalho, o desgaste do carro, sem contar que eu tinha que acordar muito cedo, antes das 6h da manhã, e ficava rodando até tarde”, disse.
O motorista falou ainda sobre a falta de segurança, pois não existe nenhum escritório físico ou central para que os motoristas de Uber possam recorrer, e que a comunicação é toda de forma virtual. “Não tem ninguém aqui, não sabemos a quem recorrer caso seja necessário, se quiser reclamar de algo que esteja acontecendo é tudo pelo escritório virtual do aplicativo, não tem nem uma central de telefone. Nós que somos prestadores do serviço não temos nenhuma segurança, a quem recorrer, imagina se os usuários têm alguma reclamação a fazer ou se alguma situação chata acontecer, que segurança eles têm?”, indagou.
O presidente do Sindicato dos Taxistas e Condutores Autônomos do Acre (Sintcac), Esperidião Texeira, deu uma entrevista ao Portal ContilNet falando sobre as irregularidades do aplicativo, e que o sindicato não tem nenhum problema com a concorrência, desde que se trate de uma empresa regulamentada, assim como as empresas de táxi que pagam suas taxas, impostos e cumprem regras trabalhistas.
Confira a entrevista: