Uma boa notícia foi divulgada esta semana. O desmatamento na Amazônia caiu nos últimos 12 meses, entre agosto de 2016 e julho de 2017 e no Acre a diminuição foi maior do que a média da região: enquanto em toda a Amazônia a redução foi de 21%, no Acre o índice chegou a 32%. Para o deputado federal Raimundo Angelim (PT-AC), a redução é motivo de comemoração.
“É para se comemorar a queda do desmatamento em um ano, mas o fenômeno é complexo e precisa ser entendido em sua série histórica”, destacou o deputado.
Para compreender o fenômeno, Angelim conversou com o secretário de Meio Ambiente do Acre, Edegard de Deus que lhe explicou que nos últimos dez anos o desmatamento no Acre caiu significativamente, em média 50%, saindo de patamares sempre maiores do que 500 para um patamar de cerca de 280 km2 anuais (dados do Prodes/Inpe). Segundo ele, podem ocorrer oscilações entre aumento e diminuição das taxas de desmatamento entre um ano e outro, mas o acumulado dos últimos anos significa uma grande redução.
Ainda segundo o secretário, isso porque os desmatamentos grandes e médios foram extremamente reduzidos e atualmente a maior parte vem dos pequenos, da agricultura de subsistência. “São áreas de 1 ou 2 hectares, que não são captadas imediatamente na leitura de imagens de satélites. A metodologia do Inpe lê desmatamentos superiores a 6,5 hectares, enquanto a do Imazon detecta desmatamentos superiores a 10 hectares”, acrescentou.
De qualquer maneira, Angelim concluiu que a taxa divulgada reforça a tendência dos últimos anos, de redução do desmatamento. “Estão no rumo correto as políticas de valorização da produção florestal sustentável e incentivo à intensificação de atividades econômicas em áreas abertas. Não é um caminho simples de se percorrer, mas as políticas ambientais e de produção do nosso governo estão enfrentando o desafio de incentivar práticas sustentáveis no campo e na floresta. Parabéns ao governador Tião Viana e sua equipe”, enfatizou Angelim.
Os números da redução do desmatamento são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Não são as taxas oficiais de desmatamento, que são divulgadas geralmente nos últimos meses do ano pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do Programa de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). Mesmo a metodologia do Imazon sendo menos precisa, seus dados costumam indicar tendências confirmadas pelo Inpe.