O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que morreu ontem em decorrência dos ferimentos provocados por um acidente aéreo, tinha planos de voltar à política. Por meio do aplicativo WhatsApp, ele confirmou que estava planejando uma forma de voltar à Bolívia, país do qual havia fugido em 2013. As mensagens foram enviadas em 2 de julho deste ano.
“Será uma decisão em seu momento. Trabalhamos na construção de uma alternativa a Evo Morales. E para disputar o governo tenho que estar em 2019 na Bolívia. Não se poderá fazer isso desde fora.”
O ex-senador boliviano Roger Pinto Molina, que morreu ontem em decorrência dos ferimentos provocados por um acidente aéreo, tinha planos de voltar à política. Por meio do aplicativo WhatsApp, ele confirmou que estava planejando uma forma de voltar à Bolívia, país do qual havia fugido em 2013. As mensagens foram enviadas em 2 de julho deste ano.
“Será uma decisão em seu momento. Trabalhamos na construção de uma alternativa a Evo Morales. E para disputar o governo tenho que estar em 2019 na Bolívia. Não se poderá fazer isso desde fora.”
Quando perguntado se não haveria risco de ser enviado para cadeia, o ex-senador afirmou:
“Sem dúvida, Evo (Morales) fará isso. Mas bem. A ideia será desafiar o regime e os riscos que isso possa vir a ter”.
Alertado sobre o perigo de repetir o exemplo do líder opositor venezuelano Leopoldo López – que se entregou para polícia do regime de Nicolás Maduro na Venezuela na esperança de ser libertado em seguida, acabou condenado e passou três anos na prisão – Roger Pinto afirmou:
“Tenho amigos meus que estão dez anos presos na Bolívia. Sei dos riscos. Teremos que rezar muito para tomar essa decisão, mas meu desejo é voltar e enfrentá-los desde lá. São perigosos, os conheço e hoje está muito mais perigoso pelo narcotráfico totalmente estabelecido e movimentando um negócio de mais de 2 bilhões de dólares”
Antes de se solicitar asilo político ao Brasil, Roger Pinto Molina passou 453 dias refugiado na Embaixada do Brasil em La Paz. sua vinda para o Brasil se deu em meio a uma operação de resgate liderada pelo diplomata brasileiro Eduardo Saboia. O caso abriu uma crise diplomática entre os dois países.
Para conseguir subsistir no Brasil, Pinto Molina passou a trabalhar como piloto particular e instrutor de voo. Em entrevista publicada pela revista VEJA, em fevereiro, o ex-senador falava de seu esforço em tentar reconstruir sua vida e o trabalho era sua principal conquista. As causas do acidente são investigadas pela Força Aérea Brasileira.