Bittar oficializa saída do PSDB e diz que oposição marchará unida

O ex-deputado federal Marcio Bittar oficializou na manhã desta quarta-feira (2) a sua saída do PSDB fazendo uma verdadeira peregrinação pelos gabinetes da executiva nacional dos tucanos até chegar ao senador Aécio Neves.

Ainda na quarta, Bittar ao lado da deputada federal Jéssica Sales e do deputado federal Flaviano Melo visitou o presidente nacional do PMDB, que manifestou interesse pelo sucesso do partido no Acre. Ele lembrou que, mesmo tendo saído do PMDB com mandato, “a casa nunca me fez nenhum tipo de restrição, pelo contrário, esteve ao meu lado nas campanhas importantes”, comentou Bittar.

Bittar em Brasília ao lado do senador Romero Jucá (PMDB) e do deputado Flaviano Melo (PMDB) /Foto: Reprodução

Para a ContilNet, Bittar revelou que sempre conversou com o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, que junto com Flaviano Melo já haviam o convidado para ingressar no partido ano passado. “Eu tenho que agradecer, o desejo foi mútuo. Nós também tivemos o cuidado de consultar o Gladson que é o nosso pré-candidato ao governo e, ele, em um gesto para unir a oposição, concordou”, acrescentou.

O ex-deputado voltou a afirmar que recebeu o resultado da pesquisa Vox Populi com humildade, e ponderou, afirmando que os dados revelam apenas um momento. Bittar disse que ainda tem muito chão pela frente. Falando com mansidão, calmo, o ex-tucano disse que o caminho indicado pela pesquisa é de união.

Ele aposta que a chapa que será encabeçada pelo senador Gladson Cameli será unificada. Respeito é a palavra-chave indicada pelo experiente político. “Temos que respeitar todos os nomes. O Petecão, o Rocha, o Bocalom. Com calma e sem excluir ninguém chegaremos ao que a população do Acre espera da oposição, ou seja, em uma chapa única” ponderou.

Bittar lembrou que sempre defendeu critérios para a escolha da chapa ao governo com dois candidatos ao Senado. Ele não perdeu a oportunidade de dar uma alfinetada no senador Jorge Viana, que, segundo ele, não deseja que a Frente Popular tenha outro candidato ao senado. Contudo, na avaliação do ex-deputado, Jorge perdeu o poder de definir esse processo e vai enfrentar o deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Ney Amorim.

“Se eles que estão no poder por todos esses anos não conseguem se entender naquilo que desejam, imaginem nós que estamos fora do poder. É natural que o Rocha queira ser pré-candidato ao Senado, assim como o Bocalom e o próprio Vagner queria” analisou Bittar.

Para o ex-tucano, a pesquisa confirma aquilo que ele defendeu há dois anos, o nome de Gladson Cameli como o melhor credenciado para disputar em pé de igualdade a eleição em 2018.

PUBLICIDADE