De acordo com o Corpo de Bombeiros, o número de hidrantes instalados em Rio Branco é menor do que o necessário para atender os mais de 200 bairros e 9 mil km² da capital acreana.
Só este ano, Rio Branco já registrou 115 incêndios residenciais, quase 3 vezes o número registrado entre janeiro e agosto de 2016. Isso sem falar nos incêndios ambientais – a maioria na área urbana, que já passam dos 2 mil focos.
O socorro nessas horas é responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que consegue fazer o trabalho com mais agilidade quando a cidade dispõe desses equipamentos em pleno funcionamento.
Os hidrantes são usados para abastecer as viaturas de combate aos incêndios. Em Rio Branco não existe sequer um levantamento da quantidade de hidrantes instalados na cidade. Somente oito foram identificados e a maioria é considerada inoperante.
Segundo o major do Corpo de Bombeiros, Cláudio Falcão, apenas dois hidrantes são operantes 24h, que são o da ETA [Estação de Tratamento de Água] da Sobral e a ETA do Palheiral, onde reabastecem as viaturas 24 horas com toda a segurança. Os demais funcionam apenas de forma parcial, em determinadas horas do dia.
Precisamente, outros dois funcionam apenas uma parte do dia. Um encontrado no Centro da cidade está visivelmente muito antigo e sem manutenção.
Ainda de acordo com Falcão, o ideal é que em cada bairro tivesse um hidrante e que a distância entre um e outro não ultrapassasse 2 mil metros, de forma que pudesse driblar o trânsito da capital, para abastecer rapidamente a viatura e voltar para o local do sinistro.
A realidade é que a cidade tem mais de 9 mil km², 200 bairros e só dois hidrantes que funcionam 24 horas. O major disse que uma conversa já foi iniciada com o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa).
Em nota, o departamento enfatizou que os serviços de manutenção ou instalação de novos hidrantes seguem as orientações do Corpo de Bombeiros – instituição responsável pelas intervenções de combate a incêndios, e que quaisquer demandas relacionadas a estes aparelhos serão pactuadas entre os representes das instituições e, se necessárias, tomadas as devidas providências.