O Acre tem uma história curta e com uma particularidade em extinção, infelizmente. Somos um povo alegre, acolhedor, guerreiro, que lutou para fazer parte do Brasil.
Historicamente somos filhos da política e da guerra, afinal, após batalha armada e negociação com a Bolívia, nos tornamos território e posteriormente Estado.
Renê Fontes, lider do Movimento Vem pra Rua e E liderança da Juventude do PSDB/Foto:Cedida
Falando assim nos faz pensar que isso aconteceu a uns mil anos atrás, mas não, são poucos os anos que nos separam do inicio da revolução até hoje.
Os anciãos ainda estão vivos, aqueles que viram tudo com seus próprios olhos, muitos que até mesmo lutaram de alguma forma pra que hoje sejamos gloriosos.
Quem é que hoje no Acre com 25 anos de idade e pais acreanos, que não tem origem de um seringal? Os nossos pais, muitos deles nasceram de parteira. A chamada “mãe veia”, muitos pensam que não, mas os seringais vivem até hoje! Numa dimensão diferente mas existem, isso é magnífico.
As quadrilhas em época de festa junina representam bem as histórias de nossas famílias. Perguntem aos mais velhos!? Tradicionalismo, honra, coragem, eram fundamentais na época de nossos pais ou avós. Hoje é engraçado falar, mas naquela época, Deus me livre!
Nossa cultura é linda, peculiar e apesar da miscigenação de nosso povo não perdemos nossa essência. Somos um Estado novo com uma história rica e admirável, somos um povo que merece respeito de todo Brasil, até mesmo porque foram poucos os Estados que lutaram para fazer parte dele.
Muita coisa pra contar em um curto período de tempo. Tanta história ainda viva e encoberta por falta de uma pergunta ou uma conversa. Sentar numa cadeira de balanço de tardinha, na companhia de nossos pais ou avós, tomar um café fresquinho, doce, com uma boa tapioca e iniciar a conversa, é tudo que devemos fazer para se irriquecer com a nossa cultura e ter orgulho da superação de nossas famílias até os dias de hoje.
Renê Fontes
