Sales suplente de Bittar
Vagner Sales será o primeiro-suplente na chapa de Marcio Bittar ao Senado. O acerto foi realizado neste fim de semana, em conversa entre os manda-chuvas do PMDB.
Unidade
A escolha do ex-prefeito de Cruzeiro para a primeira-suplência está calcada, óbvio, no gesto de grandeza de Vagner Sales em ter cedido a Bittar a pré-candidatura ao cargo. A iniciativa, aliás, praticamente selou a unidade das oposições para as eleições de 2018.
Fim das aventuras
Resta que os demais postulantes ao cargo sigam o mesmo exemplo, até porque não lhes resta alternativa a não ser aceitar suas posições no jogo. Sales não apenas viabilizou a paz no PMDB como determinou o destino político de quem pensava em se aventurar pela oposição.
Favorzão
Sales também fez um favor ao senador Gladson Cameli (PP), que agora pode cuidar de sua campanha ao governo estadual sem que tenha que queimar pestanas com quizílias colaterais, decorrentes das disputas para o Senado.
Protagonista
Admira que a jogada que há de unir as oposições após 20 anos de derrotas para a Frente Popular do Acre tenha vindo do Vale do Juruá. Mas não estranha que seja o ex-deputado e ex-prefeito Vagner Sales o seu protagonista.
Vagner Sales será o suplente de Bittar em sua candidatura ao Senado /Foto: Reprodução
Força política
Não é à toa que ele ainda é o maior nome político daquela região. Sua habilidade política, portanto, consiste em manter-se firme quando necessário e ceder sempre que for preciso.
Reflexão necessária
Ainda que a “premiação” seja inferior ao merecimento, Vagner Sales prova que a humildade e o desprendimento também rendem frutos na seara política. Seu gesto deveria ser refletido por quem tem menos poder de barganha e quer o mundo aos próprios pés.
Às urnas!
Enfim, pela primeira vez em quase duas décadas, a oposição terá a oportunidade de se apresentar unida em uma campanha eleitoral. O resto dependerá de Sua Excelência, o eleitor.
Fim da lengalenga
De quebra, finda-se o discurso monocórdio e enfadonho dos caciques da FPA em relação aos adversários. Terão de inventar outra ladainha pra comover os desavisados.
Caindo na armadilha
Quem assistiu, dias atrás, ao debate entre os deputados estaduais Jonas Lima (PT) e Jairo Carvalho (PSD) sobre a BR-364 viu que a oposição comete um erro primário no tocante à BR-364.
Era só o que faltava
É que o PT do Acre, que vai contabilizar 20 anos no governo – período no qual seus sucessivos governos torraram astronômicos R$ 2 bilhões na construção da estrada –, conseguiu, em menos de 12 meses de governo do ex-aliado-agora-adversário-capital Michel Temer, reverter o discurso sobre a rodovia.
A atitude é outra!
Ora, cabe aos cândidos partidários da oposição no Estado restabelecerem a verdade dos fatos, ao invés de “comprar” a lição de que seriam os responsáveis pelas condições da BR-364.
Elementar
O eleitor não é bobo, e sabe distinguir 12 meses de 20 anos! Então, não há porque se adotar uma posição defensiva sempre que o assunto em pauta for a rodovia. Foi o que se viu nas imagens do debate entre Jairo Carioca e Jonas Lima, com este a cobrar providências e aquele, a justificar as justificáveis delongas.
Vamos além
Além do mais, se os recursos chegam a conta-gotas para a reconstrução de uma estrada que deveria estar pronta devido à montanha de recursos nela investido, é porque o governo da senhora “presidenta” cassada Dilma Rousseff quebrou o país… Quem não sabe disso, meu Deus do céu?
A verdade, nada mais que a verdade
Os parlamentares da oposição, bem como seus representantes sem mandato, precisam ter, portanto, uma postura menos defensiva quanto à BR. O resto é retórica cafajeste, a qual se combate com a verdade.
