Posseiros do Ramal Capela, localizado no quilômetro 100 da estrada Transacreana, na zona rural de Rio Branco, ocuparam o hall da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quarta-feira (23) para denunciar supostas truculência e ameaça em cumprimento de reintegração de posse coletiva envolvendo 300 famílias. Eles alegam ainda um possível erro judicial, que teria sido expedido pela Comarca de Sena Madureira. A reintegração seria para o quilômetro 3, mas foi cumprida do ramal.
O líder do movimento, Manoel Viana, afirmou que, desde o início da ocupação, há mais de um ano, os moradores estariam sendo constrangidos e ameaçados todas as vezes que foram à localidade. Policiais à paisana, que portavam armas de grosso calibre, estariam usando força desproporcional e faltando com desrespeito à segurança e à dignidade dos moradores, segundo ele.
Viana disse ainda que Valdomiro da Silva Magalhães, o suposto proprietário das terras, que entrou com o pedido de reintegração de posse, não apresentou os documentos necessários para comprovar o bem. A denúncia também foi protocolada no Ministério Público Estadual (MPAC), na Promotoria de Especializada de Conflitos Agrários, que também colheu depoimentos dos posseiros que sofreram ameaças.
