Para alertar sobre os cuidados voltados para uma região muitas vezes negligenciada, diversos terapeutas começam a investir na área dos cuidados com o chamado assoalho pélvico. Este assoalho é uma estrutura formada por 13 músculos e ligamentos que forma uma rede de sustentação para órgãos como bexiga, reto, órgãos reprodutivos femininos e próstata, além de ser responsável pelas funções sexuais.
A profissional Adna Maia atua há dois anos na fisioterapia pélvica e esclarece que este trabalho representa uma das melhores opções de tratamento das disfunções do assoalho pélvico, pois inclui um trabalho preventivo e de baixo custo, com obtenção de bons resultados e, principalmente, por ser um tratamento não invasivo/não cirúrgico.
“Os recursos e técnicas utilizadas na fisioterapia pélvica são: terapias comportamentais, eletroestimulação, cinesioterapias e jogos virtuais, em que o paciente consegue observar através da tela de um computador as contrações do seu assoalho pélvico, favorecendo assim uma melhor adesão e conscientização desse paciente ao tratamento. Todos esses recursos são utilizados cuidadosamente para atender cada patologia”, explicou Adna.
Para atuar profissionalmente nesta área, além da formação de pós-graduação específica, é necessário estabelecer um relacionamento de confiança com o paciente e trabalhar com ética, respeito e sigilo profissional. Entre os pacientes da fisioterapeuta, está F.C.A. (53), que procurou o tratamento para incontinência urinária de esforço.
“A paciente possuía um histórico de três partos vaginais e uma cesárea. Como vinha sofrendo com a incontinência, o ginecologista dela recomendou a fisioterapia. Foi realizado um protocolo de 12 sessões, com avaliação eletromiográfica (monitoramento da atividade elétrica das membranas excitáveis das células musculares) no início e ao final do tratamento”, explicou Adna.
É importante destacar também que o tratamento é voltado tanto para o público feminino quanto para o público masculino. Entre os principais motivos para fisioterapia, estão:
Sexo feminino:
Vaginismo (contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico);
Dores no ato sexual causados por tensionamento muscular no introito vaginal ou musculaturas adjacentes;
Incontinências urinarias;
Incontinência fecal;
Pré e pós parto;
Disfunções sexuais.
Sexo masculino:
De alterações no trato intestinal (como constipações) que podem levar à fraqueza do assoalho pélvico e consequentemente favorecer incontinências urinárias e fecais;
Pós-cirurgias de retirada da próstata, quando o homem poderá ficar com incontinência urinaria;
Disfunção sexual;
Nas doenças hemorroidais.
No público infantil a fisioterapia pélvica atende crianças acima de 5 anos que tenham enurese noturna (faz xixi na cama).
Em caso de dúvida, procure um profissional para tratar e eliminar as dúvidas. Adna Maia atua na Clínica CIS+ Centro Integrado de Saúde, localizado na Rua da Alegria, N° 46 Bosque. Para contato, ligue no telefone 3223-2317.