O agente penitenciário Lucas Bolzoni está preocupado com a segurança dos seus colegas de profissão lotados nos presídios Francisco de Oliveira Conde (FOC) e Antônio Amaro.
“De ontem para hoje tivemos uma redução de 80 agentes penitenciários”, disse ele, afirmando que a carga horária atual está ferindo a legislação trabalhista, bem como as regras estabelecidas pelo banco de horas do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen).
Além de reivindicar a realização de um concurso efetivo, ele também criticou o prazo de um mês que o governo estabeleceu para o lançamento de um edital, divulgação dos classificados, curso de formação e a investigação social. “Sem contar que tínhamos 150 agentes e o edital é apena 70”, destacou Bolzoni, acrescentando que os serviços essenciais estão prejudicados.
Para o agente, o problema foi causado pela falta de planejamento da Secretaria de Gestão Administrativa (SGA) e do Iapen. “Sabemos que um concurso leva mais de um ano para ser finalizado. A partir agora ficarão apenas quatro agentes no ‘chapão’ [seis alojamentos do regime fechado onde estão os presos mais perigosos], o que pode transformar aquele pavilhão num barril de pólvora”, alerta.
Ainda segundo Lucas Bolzoni, cerca de 1.500 presos precisam ser levados ao médico, nas comarcas criminais, parlatório, entre outros.
“Como quatro agentes poderão fazer esse serviço? As visitas, inclusive as íntimas, também serão suspensas e isso poderá causar revoltas”, alerta o agente, que está preocupado com a segurança dos colegas e da sociedade em geral.