“O vice tem que ter cerca de 60 anos, ser um desembargador ou conselheiro aposentado, precisa morar em Rio Branco e ter experiência política”. Este foi o perfil desenhado pelo ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB), para nortear a escolha do pré-candidato a vice-governador de Gladson Cameli (PP). A declaração foi feita na noite de quinta-feira (17), no ato de posse da executiva do Solidariedade.
A informação de que o perfil se encaixa no nome conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Valmir Ribeiro, foi confirmada por um militante da “Velha Guarda” do PMDB, que pediu para não ter o seu nome seu revelado. Ainda segundo a fonte, a possibilidade aumenta porque Cameli não ver o rateio partidário como critério para definir a escolha. O PSDB e o DEM pleiteiam a indicação como forma prestígio das siglas, vez que ainda não indicaram nomes para os cargos majoritários.
Ribeiro afirmou desconhecer qualquer discussão sobre o assunto, embora se sentisse honrado pela lembrança. “Eu não fugiria de nenhuma missão em favor do meu Estado, porém não tenho a intenção de deixar o TCE”, declarou o conselheiro, garantindo que está distante da política e sequer conversou com Cameli. “Eu já tenho o tempo para me aposentar, mas não está nos meus planos voltar para a política”.
O vice-presidente do PMDB, João Correia, tachou a possibilidade de ilação, além de ser assunto inapropriado para o momento. “A nossa prioridade é pacificar e consolidar o nome de Gladson Cameli, o que contribui sobremaneira unificar a oposição”, explicou o dirigente. Quanto à lembrança do nome de Ribeiro, Correia disse que o conselheiro é um homem preparado para assumir qualquer cargo na administração pública.
Natural de Brasileia, Valmir Ribeiro, de 65 anos, é formado em Administração Púbica e trabalhou por 14 anos no Itamarati. Foi deputado estadual por dois mandatos e está no TCE há 28 anos. Também é produtor rural e escritor.