Acreanos se revoltam com suposta “cura gay” e soltam o verbo nas redes sociais

Após a liminar concedida por um juiz do Distrito Federal, que autoriza psicólogos a utilizarem a técnica de “reversão sexual” em terapias, o assunto repercutiu pelo Brasil inteiro.

Muitos acreanos utilizaram as redes sociais para expressar opiniões contrárias à decisão, caracterizando o ato como doentio e declarando que o país teria regressado pelo menos 200 anos de evolução.

O acadêmico de jornalismo Thiago Bezerra mostrou extremamente decepcionado com os rumos da história jurídica e social do Brasil:

“Brasil da desordem e do retrocesso. Mais amor, mais respeito e menos intolerância e preconceito. Por todas as formas de AMAR”, disse o estudante.

Acreanos compartilharam imagens de repudio à “cura gay” /Foto: Reprodução

Everton Damasceno, que cursa psicologia há 4 anos, utilizou-se do seu perfil pessoal no Facebook para retratar toda sua revolta sobre o caso:

“Me assusta saber que o judiciário segue o ritmo de Gilmar Mendes e outros ‘alienados de toga’ na incessante caminhada ao retrocesso. O sistema falido, consequentemente produto da corrupção sistêmica, passa por cima até do conselho de classe profissional, mesmo não entendendo nada de ciência psicológica e nem tendo subsídios para confirmar procedimentos absurdos, sem embasamento científico ou, pelo menos, confirmação estatística de eficiência. Meu eterno sentimento de respeito e admiração aos que lutam para que essa ciência adquira, cada dia mais, um caráter de seriedade, compromisso e fidedignidade. Falta de respeito, intolerância e deficiência de empatia se trata. Orientação sexual, não! #paz”, afirmou o universitário.

O advogado e ex-candidato a vice-prefeito de Rio Branco, Gabriel Santos, mostrou inconformado com a decisão do juiz e afirmou estar extremamente preocupado com o modo em que ‘tabus sociais’ estão sendo tratados na sociedade moderna.

“Um juiz federal em Brasília deu uma liminar autorizando psicólogos a tratarem a homossexualidade como doença, contrariando, inclusive, o posicionamento do Conselho Federal de Psicologia e a Organização Mundial da Saúde”.

“Num país onde a sexualidade é tratada com tanto tabu, desinformação e preconceito, esse tipo de decisão só serve pra difundir discriminação, tratando a população LGBT como doente”, finalizou.

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