A advogada Kátia Sales, responsável jurídica do Educandário Santa Margarida, mostrou-se indignada com a veiculação de uma matéria por meio da assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça do Acre.
A matéria trata a respeito de uma sentença que cita as más condições de funcionamento do local, como é possível ser visto no trecho abaixo:
“Existência de grande umidade nas paredes; banheiros necessitando de reformas e pintura; inexistência de acessibilidade (…); tomadas e interruptores necessitando de reparos; (…) camisinhas usadas e materiais para embalar entorpecentes encontrados dentro do terreno; cisterna próxima à cozinha, aberta e cheia de lixo; esgoto lançado em fossa antiga, que se encontrava entupida e despejando os dejetos sólidos (fezes) por todo o terreno, inclusive bem próximo ao parquinho onde as crianças brincam e ao fundo do local, onde funciona a cozinha”.
O grande problema é que a sentença tratada pela matéria se refere ao período 2009 a 2013, ou seja, período anterior ao da nova administração que afirma já ter sanado tais problemas. O questionamento feito pela administradora do local se deu ao fato de que em trechos da matéria frases como “estaria operando” ou “atestam a falta de condições”, passam a impressão errada de que os problemas seriam da atual administração e ainda persistem no local, o que de acordo com Kátia não é verdade.
A advogada falou que a matéria veiculada pode acarretar prejuízos catastróficos para uma instituição como o educandário, que depende quase que integralmente de seus doadores e colaboradores. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre confeccionará uma nota de repúdio em relação ao caso nas próximas horas.
“O telefone simplesmente não para de tocar após a veiculação da matéria, são pessoas que doam para o educandário, que nos ajudam fielmente mês a mês, questionando como pode o local estar nas condições citadas pela matéria, cobrando prestações de contas e duvidando da nossa administração”, disse.
Ao verificar o site oficial do Tribunal de Justiça Acre (TJAC) e acessar a matéria por meio do link, foi verificado que as alterações necessárias para sanar a confusão causada já foram realizadas. No entanto, a assessoria de comunicação do tribunal ainda não se pronunciou sobre o suposto erro.