Público ou privado?
A polêmica em torno dos grafites que o casal Edvaldo Magalhães e Perpétua Almeida (ambos do PCdoB) resolveram fazer na parte externa de sua residência no luxuoso condômino Ipê levanta uma questão intrigante: ainda que o muro seja uma propriedade particular, mas estando as imagens expostas aos passantes, a legislação os ampara ou
Eles extrapolam suas prerrogativas ao invadir o espaço público?
Consulta aos experts
Como a montanha de leis existentes no país são mais complexas que separação de casais ricos quando divergem sobre a divisão dos bens, a dúvida é intrincada, certo? E não sendo este colunista um expert em direito, resolve apelar, humildemente, aos especialistas da área para que a dúvida seja dirimida.
Vendendo o peixe
Como não existe socialismo grátis, Edvaldo e Perpétua aproveitaram os grafites para vender sua ideologia de esquerda. Entre as figuras retratadas no mural consta a de Che Guevara, cuja biografia diverge da canonização que a esquerda tratou de fazer sobre ele. Nos grafites dos comunistas acreanos só faltou uma homenagem a Luiz Inácio Lula da Silva…
Bolsa de apostas
Segundo a imprensa, o casal do PCdoB foi notificado pelo síndico do Ipê, após os moradores decidirem em reunião pela supressão das pinturas, principalmente aquela que retrata Che. Querem apostar que serão tachados de reacionários?
Piada pronta
O mais cômico será ouvir dos militantes do partido que a proibição já era esperada, uma vez que o Ipê é lugar de gente endinheirada. Os tontos vão fingir ignorar que no condomínio moram, além, de Perpétua e Edvaldo, o governador Tião Viana e o irmão dele, o senador Jorge Viana.
Agora vai!
Finalmente foi dada a largada para as obras de revitalização do Igarapé Preto, antigamente um dos pontos turísticos de Cruzeiro do Sul mais visitados por turistas e moradores. Há anos o local amargava o abandono, o que obrigou empresários a encerrar suas atividades outrora lucrativas.
Silêncio absoluto
Ao contrário do irmão governador, que emitiu nota em apoio a Lula, o senador Jorge Viana (PT) preferiu não tocar no assunto. Pelo menos não o fez um sua fanpage no Facebook, nem enviou à imprensa um texto de desagravo.
Precaução e caldo de galinha
Tal omissão tem uma causa. Candidato à reeleição, o senador petista evita imiscuir-se em temas que possam acarretar desgaste político. Afinal, defender os governos de Lula e Dilma, responsáveis pela quebradeira do país e apontados como saqueadores da Petrobras, não é tarefa pra quem precisa cabalar votos de quem está enojado com as ações do partido. Como bem diz o ditado, precaução e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
Lembrete
Quando estourou o escândalo do mensalão, e todos pensamos que seria o fim de Lula e da Era PT, Jorge Viana tratou de publicar um artigo no jornal A Gazeta em que se distanciava da direção nacional da sigla. Sua intenção era convencer os leitores de que o PT do Acre diferia, em muito, daquele que financiava apoio dos congressistas.
Estraga-prazeres
Além do mais, os ventos não têm soprado a favor dos companheiros. Na data em que comemorava a inclusão, pelo sétimo ano consecutivo, do seu nome na lista dos 100 cabeças do Congresso, eis que surge Palocci pra melar a festa do senador acreano.
A serviço da esquerda
Sobre esse assunto, aliás, a coluna deu uma espiadinha no site do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), e adivinhe o leitor o que encontrou? A defesa intransigente das ideologias de esquerda e uma oposição ferrenha ao governo de Michel Temer. Portanto, ao contrário do que disse Jorge Viana, não dá pra levar a sério uma entidade assim.
Fritura
De volta à nota divulgada pelo governador Tião Viana em defesa de Lula, ninguém notou, mas o fato de ter sido subscrita também pela vice-governadora Nazaré Araújo é claro um sinal de que sua pré-candidatura fez água. Ou alguém viu um texto similar assinado pelo prefeito Marcus Alexandre?
Em maus lençóis
Os companheiros do Acre sofreram dois duros golpes nesta semana. Um deles foi o arquivamento do processo contra o senador Gladson Cameli (PP), inocentado na investigação da Lava Jato por suspeita de recebimento de propina oriunda da Petrobras. A segunda pancada foi o depoimento dado por Palocci ao juiz Moro.