A Federação das Indústrias do Acre (Fieac), em pareceria com diversos órgãos e instituições, realizou na manhã desta quinta-feira (07) uma visita técnica à BR 364, no trecho Rio Branco-Cruzeiro do Sul, com o objetivo de verificar in loco a atual situação da rodovia. Na primeira parada no município de Sena Madureira, a comitiva, que foi recebida por empresários locais, sabatinou o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit), Tiago Cateano.
O presidente da Federação do Comércio de Sena Madureira, José Alberto Milani, disse que a população município está apreensiva quanto aos trabalhos, o que, para ele, estão muito lentos. “Essa lentidão leva incerteza quanto à conclusão de alguns trabalhos, principalmente porque o verão está acabando. As condições da BR prejudicam os empresários e a população de um modo geral. Os veículos ficam danificados e o frete está mais caro”, explicou ele.
A empresária Maria Hoffman também criticou o atraso das obras, destacando que tem evitado viajar pela rodovia. “Está faltando um pouco mais de empenho das nossas autoridades, que precisam ter um olhar voltado para a nossa comunidade para perceber o quão é importante essa integração”, desabafou ela, explicando com as dificuldades de deslocamento dos moradores de Manoel Urbano para Sena Madureira e desta para a Capital.
A notícia boa, no entanto, veio com a fala de Tiago Caetano, garantindo que a rodovia não vai fechar. “Além da estiagem ter iniciado mais tarde, também enfrentamos problemas com o deslocamento de material, principalmente a brita. No tocante ao trecho de Sena Madureira até Rio Branco, por questões burocráticas, o 7º BEC está com o serviço lento, mas o Dnit já notificou a instituição. Temos informações do INPE de que as chuvas demorarão mais este ano”, justificou o superintendente, assegurando que os trabalhos de restauração estarão concluídos em outubro.
O presidente da Fieac, Adriano Silva, disse que a finalidade da comitiva, até aquele momento, estava garantida. “Até agora o resultado é muito satisfatório. Conversamos com a nossa classe e com a empresa responsável pela rodovia. Vamos apresentar as sugestões para a empresa e o Dnit”, disse ele, para quem o diálogo e a transparência estão dando a tônica nas relações entre o Dnit, a empresa e a sociedade.