Em lista divulgada no dia 21 de março deste ano, pelo Diário da Justiça Eletrônico, é possível notar um número excessivo de processos trabalhistas contra a empresa Viação Floresta. Em outra lista atualizada, cedida à reportagem pelo administrador judicial da empresa Via Verde Transportes, também se nota um número excessivo de processos.
Juntos, os processos trabalhistas envolvendo as duas empresas passam de impressionantes 300 casos, isso sem contar o número de trabalhadores que ainda não tiveram seus processos tramitados até a etapa de cálculo.
Após longo período de recuperação judicial, e passando por uma fase de extrema mudança, no qual a grande maioria dos cobradores foram demitidos devido à chegada de uma nova tecnologia de reconhecimento facial, e o fato de os motoristas passarem a cobrar passagens em dinheiro, o número de processos só aumenta e se acumulam.
A situação se intensificou após a demissão em massa dos cobradores nos últimos dois anos/Foto: Reprodução
Também existem inúmeros casos nos quais motoristas e cobradores foram afastados de seus cargos por problemas de saúde, mas não conseguiram se afastar pelo INSS. Em entrevista à ContilNet um motorista que não quis ser identificado, disse já ter passado mais de dois anos e meio sem receber um único centavo.
Com dívidas que ultrapassam os R$3 milhões somente em causas trabalhistas, as empresas de transporte público de Rio Branco passam por uma de suas piores crises. Com isso, quem sente e paga a conta são os usuários e os colaboradores que foram prejudicados.
O presidente do sindicato das empresas de transporte público do Acre (Sintpac) disse estar de mãos atadas devido ao grande período em que as empresas se encontravam em processo de recuperação judicial. Procuramos ouvir as empresas que atuam na Capital, mas até o fechamento desta matéria nenhuma das empresas quis se pronunciar.
