O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Cleyton Nogueira, falou na manhã desta quarta-feira (28) sobre o piquete realizado no Centro de Distribuição do bairro 6 de Agosto, onde a categoria cobrou melhorias nas condições de trabalho e deu voz a greve do sindicato.
De acordo com Cleyton, a população tem razão em reclamar da demora na entrega das encomendas, no entanto, fez questão de deixar claro que a categoria se empenha ao máximo para realizar o trabalho da melhor maneira possível, porém as condições de trabalho oferecidas não alcançam o que poderia ser chamado de aceitável, além do claro sucateamento dos meios de transportes utilizados pelo serviço.
“Hoje o Estado do Acre precariza cada vez mais a entrega dos Correios, não temos carro de qualidade, nem motos ou bicicletas. A greve que propagamos não causa tanto impacto, já que o serviço em si já está precário devido ao sucateamento dos equipamentos. Queremos alertar a população a respeito da privatização já que ela vai piorar o serviço e aumentar as tarifas”, disse.
O secretário aproveitou para reforçar o pedido de reestruturação da empresa dos Correios, que de acordo com ele, já é um pedido antigo da categoria que se sente sufocada com a demanda.
“Há alguns anos a empresa vem cortando questões de infraestrutura, sejam elas na frota que realiza as entregas ou na ausência de concursos públicos para contratação de novos colaboradores. No Acre, são necessários no mínimo 500 funcionários para atender a demanda. No entanto, contamos apenas com pouco mais de 350”, finalizou.