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MPF denuncia Lula e ex-ministro por corrupção passiva na Operação Zelotes

Por ÚLTIMO SEGUNDO

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Gilberto Carvalho foram denunciados, nesta segunda-feira (11), pelo Ministério Público Federal (MPF), por corrupção passiva em um dos processos da Operação Zelotes. Outros cinco investigados também foram denunciados pelos procuradores por terem beneficiados montadoras de veículos por meio da edição de medidas provisórias.

No âmbito da Operação Zelotes, o ex-presidente já é réu em uma ação que investiga a compra de caças pelo governo brasileiro. De acordo com a nova denúncia, as empresas automobilísticas teriam prometido R$ 6 milhões a Lula e a Carvalho em troca de benefícios para o setor.

Ex-presidente Lula já é réu em ação da Operação Zelotes que investiga a compra de caças pelo governo brasileiro/Foto: Shutterstock/Reprodução

“Diante de tal promessa, os agentes públicos, infringindo dever funcional, favoreceram às montadoras de veículos MMC [Mitsubishi] e Caoa ao editarem, em celeridade e procedimento atípicos, a Medida Provisória n° 471, em 23/11/2009, exatamente nos termos encomendados, franqueando aos corruptores, inclusive, conhecimento do texto dela antes de ser publicada e sequer numerada, depois de feitos os ajustes encomendados”, afirma o MPF.

Compra de caças

O ex-presidente é réu na Operação Zelotes na ação que envolve a compra de caças pelo governo brasileiro. O petista é acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa ao, supostamente, ter tentado interferir na aquisição de 36 aviões militares da fabricante sueca Saab.

Na época da primeira denúncia, o Ministério Público já havia apontado a suspeita de que o ex-presidente teria negociado a prorrogação de medida provisória que concedia incentivos fiscais para montadoras de automóveis. O objetivo seria beneficiar as empresas MMC Automotores, subsidiária da Mitsubishi no Brasil, e Caoa, distribuidora das marcas Ford, Hyundai e Subaru no país.

Assim como a Saab, as duas companhias eram clientes do escritório de lobby Marcondes & Mautoni, que teria repassado cerca de R$ 2,5 milhões a Luís Cláudio, filho do ex-presidente. Os dois episódios teriam ocorrido quando o petista já havia deixado o Palácio do Planalto.

O caso tramita na 10ª Vara do Distrito Federal, a do juiz Vallisney de Souza Oliveira, e a defesa de Lula diz que ele e seu filho não tiveram qualquer participação nas negociações envolvendo os caças da Saab ou a medida provisória.

* Com informações da Agência Brasil

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