Mutreta
O procurador jurídico de um município do interior do Estado tem usado sua influência para manipular licitações em benefício de empresas com as quais mantém relações nebulosas.
Alvo nas costas
O dito-cujo já está na mira de pessoas que prometem denunciá-lo ao Ministério Público e à Justiça.
Benção do prefeito
A licitação, de quase dois milhões de reais, tem vários pontos que apresentam irregularidades, mesmo assim o prefeito do município deicidiu que o protegido do procurador teria que ter sua empresa como a vencedora.
Ousadia
Impressiona que em plena vigência de investigações como a Lava Jato, que têm mandado à cadeia aqueles que traficam com o dinheiro público, um conhecedor das leis resolva burlá-las em proveito pessoal.
Guilhotina
Há que se considerar o empenho de magistrados e procuradores do MP em promover uma faxina ética no país. Isso inclui, óbvio, punir exemplarmente aqueles que se valem de um cargo de chefia para praticar ilicitudes.
MPE neles!
A empresa prejudicada irá procurar o Ministério Público para fazer a denúncia contra a administração, que não vem cometendo apenas esta irregularidade.
Na mira de Janot
Os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff são citados em denúncia criminal apresentada nesta terça-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os dois, além de outros políticos do PT são acusados de formação de organização criminosa que atuou no desvio de recursos da Petrobras.
Ex-ministros
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, entre os denunciados também estão os ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), Guido Mantega (Fazenda), Edinho Silva (Comunicação), Paulo Bernardo (Comunicação e Planejamento) e Gleisi Hoffman (Casa Civil). O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também integra a lista.
Miríade de delitos
Janot sustenta que o grupo de petistas tenha movimentado cerca de R$ 1,48 bilhão em propinas, só no esquema de desvios da estatal do petrolífera. A denúncia, porém, fala no cometimento de uma “miríade de delitos” contra a administração pública em geral.
Saudades de Collor…
De tanto ouvir falar na montanha de dinheiro surrupiado sob a batuta da “alma mais honesta deste país”, este colunista chega a sentir saudades dos trombadinhas do governo Collor.
Realidade antiga
A ofensiva do deputado estadual tucano Luiz Gonzaga contra o TFD, a despeito de sua relevância e veracidade, não é nenhum fato novo. Há anos que os serviços do Tratamento Fora de Domicílio têm negligenciado casos que requerem urgência no remanejamento de moradores de municípios que não oferecem as mínimas condições de atendimento médico-hospitalar.
Fila da morte
No Juruá, por exemplo, há casos de pacientes há mais de dois anos à espera de transferência para a capital ou outros estados – a depender da gravidade do caso. E a isso soma-se a oferta de transporte terrestre àqueles que, por exemplo, sofrem de enfermidades na coluna.
Sorteio
A conclusão de uma medida que obriga a embarcar num ônibus aqueles que não deveriam passar tanto tempo sentados é uma só: o governo economiza recursos às custas do sofrimento alheio. O que é uma maldade sem tamanho.
Roleta-russa
E à falta de recursos capazes de atender à demanda do TFD, impõem-se a regra da triagem, cujos critérios nem sempre se baseiam na gravidade do caso do paciente. Em suma, o TFD virou uma verdadeira roleta-russa.
Registro
O fato é antigo, mas revelador. Por isso a coluna o narra conforme ouviu de uma fonte ligada ao prefeito de Plácido de Castro, o tucano Gedeon. O outro personagem da história é um deputado federal do PT.
De porta em porta
Empossado no cargo, Gedeon tratou de viajar a Brasília em busca de apoio dos parlamentares ao município. E não se fez de rogado em procurar tanto os aliados como também os adversários. No bater de porta em porta dos gabinetes, o tucano acabou por entrar no do deputado federal Léo de Brito (que antes dos escândalos do Mendalão e do Petrolão era “Leo do PT”).
Barrado no baile
O prefeito de Plácido de Castro não passou da antessala, onde recebeu da secretária do petista o recado tal qual este lhe havia dado: “Não tenho nada a tratar com ele”.
Ingratidão
Ora, o petista Leo de Brito teve votos em Plácido – cuja quantia exata a coluna não conseguiu apurar, a despeito da pesquisa feita na web, incluindo o site do Tribunal Regional Eleitoral do Acre. O certo, porém, é que virou as costas não ao prefeito do PSDB, mas à população do município.
Devedor
Leo de Brito terá que dar explicações no ano que vem, quando voltar a Plácido de Castro para cabalar votos em sua tentativa de regressar à Câmara dos Deputados.