Polícia Civil prende ex-diretor da Emurb e empresários na Operação Midas

Policiais civis e membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), deflagraram nas primeiras horas desta sexta-feira (1) a segunda fase da Operação Midas, que investiga irregularidades praticadas na Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb).

Entre os presos estão o ex-diretor-presidente da Emurb, Jackson Marinheiro, que recentemente foi denunciado por peculato (apropriação de recursos públicos) e crime ambiental. Durante esta fase foram cumpridos outros 20 mandados, entre eles, de prisão preventiva, temporária e busca apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal de Rio Branco.

As investigações apontam para a existência de um esquema criminoso de desvio recursos

Marinheiro é apontado em investigações do Ministério Público do Acre de ser o operador de um suposto esquema de realização de despesas pela Emurb. As investigações apontam para a existência de um esquema criminoso de desvio recursos por meio de três frentes de atuação na área de Compras: 1) Insumos – execução fraudulenta dos contratos de fornecimento de bens (insumos em geral); 2) Combustível – execução fraudulenta dos contratos de fornecimento de combustível e Medições 3) Locações – execução fraudulenta dos contratos de prestação de serviço de locação de veículos e máquinas.

SETE MILHÕES

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (1), representantes do MPAC afirmaram que as estimativas dão conta de que mais de R$ 7 milhões foram desviados.

“Até agora essa organização estava muito à vontade para realizar esses tipos de serviços ilícitos e criminosos, desviando recursos públicos para beneficiar os próprios integrantes. Estamos estarrecidos com a quantidade de pessoas envolvidas”, informou o coordenador da ação, promotor de Justiça Fernando Cembranel.

A operação Midas é uma ação em conjunto entre MPAC e Polícia Civil do Acre/Foto: ContilNet

O promotor apontou ainda que as investigações deram início a partir de documentos “maquiados” que chegavam da gestão passada, após solicitação da equipe de segurança. “Os documentos não vinham atendendo a verdadeira necessidade e assumindo veracidade”, disse.

Além das ações já em estado de aplicação, o membro da Gaeco informou que medidas voltadas para a indisponibilidade de bens pessoais já estão sendo desenvolvidas, no intuito de ressarcir o que foi saqueado.

 

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