O senador Gladson Cameli (PP), em entrevista coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (6), na sede de seu partido, disse que agora lutará de forma mais intensa pelas causas do Acre. O desabafo do senador e pré-candidato ao Governo do Acre veio depois que a Procuradoria Geral da República (PGR) retirou o nome das investigações no âmbito da Operação Lava Jato. O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação constante no inquérito 3.989 foi iniciada em março de 2015, depois que o doleiro Alberto Yussef citou o nome do senador acreano e de outros políticos em um dos depoimentos. De acordo com a PGR, não foram encontradas provas contra no senador Gladson Cameli. “Foram dois anos e meio de muita ansiedade, mas eu tinha absoluta certeza de que era inocente”, comentou Cameli.
O senador fez questão de reiterar que o arquivamento de seu nome é definitivo. “Havia uma investigação contra mais de 30 parlamentares do PP. No dia primeiro de setembro, foram oferecidas 15 denúncias. Além disso, houve 15 pedidos de arquivamento entre os quais estava o do senador Gladson Cameli”, explicou o advogado, Erick Venâncio.
Cameli destacou ainda que sempre confiou na Justiça, porque, segundo ele, a verdade sempre prevalece. “Nunca me importei com aqueles que usavam essa história para me atacar porque a palavra final viria com as investigações”, afirmou o senador acreano, ressaltando que agora terá tempo integral para trabalhar na liberação de recursos para obras estruturantes como as construções da BR-364 e da ponte sobre o Rio Madeira.
O senador reiterou que sempre recebeu doações do partido, sendo, dessa forma, alvo de acusações injustas. “Nem por isso deixei de trabalhar um só dia pelo meu povo e pelo meu Estado. Se eu me senti mal em alguns momentos? Claro que sim, principalmente porque a minha família também foi atingida por aqueles que queriam se aproveitar dessa situação. Eu estou feliz porque saio mais forte dessa experiência e porque os acreanos podem ver agora, de forma límpida, quem sempre mentiu e quem sempre esteve com a verdade”, assim avalia o senador.