A segunda fase da Operação Midas, deflagrada nas primeiras horas desta sexta-feira (1º de setembro), já cumpriu cerca de 21 mandados (prisão e busca e apreensão) através da Polícia Civil em parceria com os membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
Durante a operação, foi novamente preso o ex-diretor da Empresa de Urbanismo de Rio Branco (Emurb), Jackson Marinheiro. Além dele, outros seis funcionários da autarquia municipal e nove empresários envolvidos com os esquemas de corrupção foram presos. Em 2016, o ex-diretor ficou foragido e depois foi preso na primeira fase dessa operação durante as vésperas das eleições municipais, mas em menos de 24 horas acabou sendo liberado pela justiça.
Segundo informações, foram apreendidos dois triciclos comprados supostamente com recursos públicos, além de penhora e bloqueio de bens de todos os envolvidos nos desvios de recursos da empresa.
Entre os acusados, está o também ex-diretor da Emurb, Ozias Bezerra (atualmente auditor fiscal do município), o engenheiro da Secretaria Municipal de Obras, José Carlos Fernandes, e o servidor da Secretaria de Agricultura, Jorginey Fernandes.
DOCUMENTOS “MAQUIADOS”
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (1), representantes do MPAC afirmaram que as estimativas dão conta de que mais de R$ 7 milhões foram desviados. “Até agora essa organização estava muito à vontade para realizar esses tipos de serviços ilícitos e criminosos, desviando recursos públicos para beneficiar os próprios integrantes”, informou o coordenador da ação, promotor de Justiça Fernando Cembranel.
O promotor apontou ainda que as investigações deram início a partir de documentos “maquiados” que chegavam da gestão passada, após solicitação da equipe de segurança. “Os documentos não vinham atendendo a verdadeira necessidade e nem assumindo veracidade”, disse.
Além das ações já em estado de aplicação, o membro da Gaeco informou que medidas voltadas para a indisponibilidade de bens pessoais já estão sendo desenvolvidas, no intuito de ressarcir o que foi saqueado.
NOTA OFICIAL
Em nota, a Prefeitura de Rio Branco diz que a operação teve todas as informações que necessitou e que atendeu de forma irrestrita às solicitações de documentos feitas pelo Ministério Público durante o período das investigações.
A prefeitura informou ainda que a Emurb adotou as medidas administrativas necessárias ao atendimento do interesse público e as requisições feitas pelo MP e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ao final da nota, é destacado que a Prefeitura tem o princípio de colaborar com as investigações no âmbito da gestão municipal, destacando a ética, a transparência e o amplo direito de defesa dos envolvidos no escândalo de corrupção.
Leia a nota na íntegra clicando AQUI.