Segundo o levantamento feito pela Delegacia de Atendimento ao Idoso (DAI) em Rio Branco, cerca de 71 processos investigativos foram contabilizados de janeiro até início de outubro deste ano. Os crimes contra a população da terceira idade contabilizaram 103 casos no ano passado.
De acordo com a delegada Mardhia El-Shawwa Pereira, os casos são denúncias que chegam até a unidade e são averiguadas pela polícia, podendo ser arquivadas ou transformadas em inquéritos. Desde a implantação da unidade em 2014, 33 inquéritos foram concluídos e encaminhados ao Judiciário.
“Os mais comuns são casos de quando um familiar se apropria do cartão do benefício do idoso e desvia esse dinheiro para uso próprio. Depois disso, o outro caso mais comum é de maus-tratos de idosos que não têm dos seus familiares os cuidados básicos”, disse.
Independente de tudo isso, segundo Mardhia, é feito o inquérito para penalizar a pessoa responsável pelo crime, tendo sido registrado um aumento na complexidade dos casos, já que são situações que muitas vezes precisam de um procedimento de quebra de sigilo bancário.
Outro empecilho, segundo a delegada, é o fato de Rio Branco não ter um abrigo para idosos que se encontram em situação de vulnerabilidade. Muitos deles são encontrados morando sozinhos e sem alguém que possa oferecer esses cuidados. Em outros casos, quando o idoso não tem condição financeira, um familiar é procurado e precisa se comprometer em cuidar desse idoso.
“Existe o Lar dos Vicentinos, mas ele não é do governo, é de iniciativa privada, e para estar lá o idoso precisa receber alguma aposentadoria ou benefício porque uma parte fica no lar para as despesas. Se o idoso for lúcido não posso colocá-lo lá obrigado, mas se ele falar que quer ir e tiver essas condições financeiras, o encaminhamos”, explicou a delegada.
Para mais informações, clique AQUI e confira a Lei número 10.741, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso.
Com informações do site G1 Acre