O uso de medicamentos e prescrições diversas é uma das discussões mais levantadas na área biomédica. Para falar sobre os erros e o perigo da automedicação, destacando a importância do acompanhamento profissional para a saúde, as farmacêuticas Mariana Martins e Carolina Cordeiro, da Recol Farma, concederam uma entrevista exclusiva à equipe da ContilNet.
Carolina Pena Thomaz Cordeiro é farmacêutica-bioquímica desde 2005. Foto: Reprodução
Carolina Pena Thomaz Cordeiro é farmacêutica-bioquímica desde 2005 e Mariana Martins Chaves atua há mais de 5 anos também como farmacêutica. De acordo com as especialistas, falar de medicamento é, sobretudo, falar de saúde, e nesse sentido, as profissionais buscam sempre trabalhar com base na ética profissional e no compromisso com o equilíbrio.
Mariana Martins Chaves atua há mais de 5 anos como farmacêutica. Foto: Reprodução
“É necessário partir da busca pelo conhecimento dos organismos humanos, como eles se estruturam e, a partir de orientações médicas, ajudar as pessoas na remissão de sintomas”, disse Cordeiro.
CONFIRA A ENTREVISTA:
O farmacêutico pode prescrever qualquer medicamento?
Não. Salvo os MIPS, que são medicamentos isentos de prescrição médica.
Ultimamente, é comum se auto-medicar? Quais os malefícios?
Quase todo mundo se automedica. A automedicação possuem riscos que vão de uma simples alergia ou ocasionar a morte do paciente. Considerado um problema de saúde pública, a automedicação pode causar agravamento da doença, camuflar sintomas, dependência, reação alérgica e ainda interações medicamentosas indesejáveis. Ou seja, a combinação inadequada de medicamentos pode potencializar ou anular certos fármacos.
Não é possível vender antibióticos sem receita médica. Qual o motivo?
Através da RDC 20 (Resolução da Diretoria Colegiada) da ANVISA, os ANTIMICROBIANOS ou ANTIBIÓTICOS passaram a ser controlados. Ou seja, somente poderão ser vendidos mediante apresentação de receita médica e esta é válida somente no prazo de 10 dias. A utilização desta classe de medicamentos requer atenção redobrada. O uso abusivo ou incorreto destes medicamentos pode facilitar aumento da resistência de micro-organismos, tornando o medicamento pouco eficaz.
A classe de fitoterápicos têm mais benefícios que os fármacos manipulados?
Não necessariamente. Vamos entender, FÁRMACO é um preparado farmacêutico, que independe de sua origem (vegetal animal ou sintética). Há um grande equívoco em pensar que, pelo fato de ser fitoterápico fará menos mal, ou, será melhor que um medicamento de outra origem. Tudo dependerá de um USO RACIONAL. A princípio todos são classificados droga, daí então, dependerá de vários processos (extração, preparação, origem do produto, dosagem, posologia, etc.). É o velho ditado, entre o veneno e o remédio a única diferença é a dose.
A troca de fármacos por uma boa alimentação pode ajudar mais na remissão de sintomas de doenças variadas?
Ajuda sim e muito. É só prestarmos atenção ao que os profissionais que promovem saúde estão nos alertando. Incessantemente os pesquisadores da área divulgam estudos sobre o que a qualidade de vida de uma pessoa pode influenciar em seu futuro. Isso inclui os bons hábitos como alimentação, atividades físicas, entre outros. Mas a alimentação sempre vem como principal fator para essa melhoria. Exemplos clássicos de patologias é o Diabettes e Hipercolesteremias que apenas com o uso da medicação, o paciente não alcançará resposta terapêutica do tratamento. A alimentação balanceada é essencial para melhores resultados destas melhorias.
Formamos o campo social que mais consome medicamentos nos últimos anos?
A indústria farmacêutica é uma grande potência no mundo inteiro, obtendo faturamentos que giram em torno de bilhões ou mais. E sabemos que por trás disso vem um grande mercado de interesses e consumo. Por outro lado a ciência avança em pesquisa e novas descobertas. O que é muito bom.
É uma “faca de dois gumes”. Se este consumo tem orientações de um profissional, não vejo problemas. Mais uma vez, voltamos ao USO RACIONAL DOS MEDICAMENTOS.
Se um medicamento está funcionando nesta dose, caso eu tome uma dose maior, será melhor ainda?
Absolutamente não. Cada fármaco possui sua posologia máxima. Não é o paciente ou consumidor quem a define. Cabe ao profissional médico ajustar essa dose, aumentando ou não.
RECOL FARMA
As especialistas garantem que a Recol Farma é a mais completa farmácia de medicamentos do Estado do Acre, além de oferecer uma linha de cosméticos, fitoterápicos e outros produtos. “Trabalho com todo prazer na Recol Farma, porque garanto que os serviços são de qualidade”, disse Mariana.
“Trabalho na Recol porque garanto que os serviços são de qualidade”, disse Mariana. Foto: Reprodução
A Recol Farma do Bosque está localizada na Avenida Nações Unidas e atende pelo número (68) 3224-1260.
