Segunda, terça e quinta. Esses foram os dias que a Escola Professor Pedro Martinello, no bairro Montanhês, em Rio Branco, foi alvo de criminosos. A última invasão, na quinta-feira (19), foi a pior: os criminosos fizeram um arrastão no local.
Imagens do circuito interno de segurança do colégio mostram detalhes da ação dos criminosos, em sua última investida. De acordo com o G1, bandidos levaram celulares, notebooks, livros, bolsas e documentos pessoais.
A professora Sandra Buh, em um grupo do WhatsApp, fez um apelo e afirma que não é de hoje que estudantes e funcionários vivem essa realidade. “A gente está na escola vivendo uma situação insustentável e precisamos nos manifestar quanto a isso. Quando eu falo de insustentável, falo de violência. Já foram 4 vezes. Estávamos participando de um concurso de corais; ganhamos. Na época, em um dos ensaios, bandidos entraram armados, com escopetas, e fizeram um arrastão. Chegaram a dar tapa em alunos, porque não tinham telefones ‘pra’ entregar. Estamos em uma periferia!”
Imagens mostram ação dos criminosos dentro da Escola Pedro Martinello, em Rio Branco/Foto: Reprodução
Sobre a última ação, na quinta-feira (19), Sandra afirma que aconteceram no horário do intervalo. “No intervalo, eles foram e fizeram arrastão com funcionários da limpeza e profissionais da secretaria. Está demais. A escola não tem mais câmeras, porque eles levaram. É mais que mexer com patrimônio público, é colocar a vida das pessoas em risco. Desculpem o desabafo. Precisamos gritar para o mundo: as escolas da periferia precisam de atenção”.
Novas estratégias
Em virtude da onda de ações criminosas, o Comando da Polícia Militar, com o apoio da secretaria de Educação, já anunciou que repensou sua estratégia de atuação do policiamento escolar. Em comunicado distribuído à imprensa, o órgão convida os destinatários ao lançamento da nova estratégia de atuação.
O lançamento acontecerá na segunda-feira (23), às 8h em frente ao Quartel do Comando Geral (QCG). “O intuito é melhorar as ações, por meio de um reforço de policiais militares, nos locais e horários de maior incidência de crimes. A ação visa combater os índices de criminalidade que estão atingindo a comunidade escolar de modo geral”, diz um trecho do comunicado.
