Mais do mesmo
O principal assunto deste fim de semana é a mais pura obviedade: a indicação do prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), como pré-candidato da Frente Popular ao governo do Acre, nas eleições do ano que vem.
Favas contadas
Ocorre que o PT anda tão incapaz de produzir novidades que até mesmo a divulgação do nome do seu pré-candidato ao governo é coisa mais do que manjada. Todos já sabiam que seria ele o escolhido.
Sem alternativa
O anúncio já era esperado até por quem não acompanha os bastidores da política local. Marcus Alexandre é o único que reúne as condições eleitorais para enfrentar nas urnas o senador Gladson Cameli (PP), a despeito do enorme desgaste da sigla à qual pertence.
Calvário
A propósito, a derrocada do PT – que de ‘paladino da justiça’ se transformou em sinônimo de rapina do dinheiro público – será um fardo para o postulante à sucessão do governador Tião Viana.
Adversidade adicional
Outro fator adverso será a necessidade de abandonar o cargo para o qual foi reeleito, a fim de aventurar-se em uma nova disputa eleitoral.
Forasteiro
“Bairrista” como só ele, o eleitor acreano haverá de considerar, também, a procedência do petista, nascido no interior de São Paulo e trazido ao Acre por um ex-secretário de Jorge Viana.
O feitiço…
Esse último ponto, certamente a pesar contra Marcus Alexandre, deve ser cobrado dos companheiros, que em 2004 e 2006, nas eleições para a prefeitura da capital e do governo do Estado, respectivamente, fizeram virulenta campanha contra Marcio Bittar.
… Contra os feiticeiros
Antes disso, em 2002, a campanha difamatória fora endereçada a Flaviano Melo, que deixou o cargo de prefeito de Rio Branco para concorrer ao governo estadual, contra o então governador Jorge Viana.
Resumo da ópera
Pra resumir, o PT vai se apresentar ao eleitor nas condições outrora usadas para atacar os adversários. Essa gente deve apostar na amnésia do eleitor.
A bola está com a oposição
Resta à oposição relembrar os fatos e avivar a memória do eleitorado. Afinal, quem condena nos adversários as atitudes que posteriormente passa a adotar, merece ser julgado com o rigor do discernimento.
Retaliação
Com a saída de Alexandre, que deverá renunciar para disputar o governo, o comando do município ficará com o PSB, na figura da professora Socorro Nery. A coluna já ouviu de alguns membros do partido que não veem a hora de cortar as asinhas de alguns mandachuvas do PT.
Direito de resposta
A propósito das considerações feitas aqui sobre a conversa, dias atrás, entre o deputado federal Major Rocha (PSDB) e o desafeto Vagner Sales (PMDB), a assessoria de imprensa do primeiro enviou mensagem à coluna.
Papo de aliados
Diz a nota que Rocha recebeu Sales, representante do PMDB, para uma conversa sobre as eleições de 2018, já que ambas as siglas integram a oposição ao governo.
Amplitude
A mensagem esclarece ainda que não se falou em aliança entre tucanos e peemedebistas, mas sobre a junção dos 14 partidos que apoiam a pré-candidatura de Gladson ao governo.
Sales em ação
Por fim, a nota da assessoria sustenta que Rocha recebeu Vagner Sales como representante do PMDB e membro da oposição, sendo que o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul havia procurado também o Democratas de Tião Bocalom e o PSD do senador Sérgio Petecão.
“Previsão” catastrófica
Importante membro da FPA confidenciou a este colunista que não acredita na reeleição de Jorge Viana para o Senado. O palpite se baseia no desgaste do PT e na ojeriza do eleitor a políticos profissionais.
Em discurso na tribuna do Senado, senador Jorge Viana (PT-AC)
Galo madrugador
A propósito, Jorge disse neste sábado, durante anúncio oficial de Marcus Alexandre como postulante ao governo, que o Acre precisa de alguém que “acorde cedo”. Não é bem o que se espera ouvir de quem pretende exaltar as qualidades de um governante, mas é, ao que parece, o que eles têm a apresentar como grande trunfo do seu futuro candidato.
Piada pronta
Logo após a divulgação do discurso do senador petista, a turma da chacota tratou de comentar sua asserção. Nas redes sociais, um internauta recomendou que o PT dispensasse Marcus Alexandre para anunciar um padeiro como pré-candidato…
