Nesta segunda-feira (16) um outdoor em homenagem ao polêmico coronel Brilhante Ustra foi erguido em uma das principais avenidas de Rio Branco. O militar causa discordância entre grupos de esquerda e direita no país, se por um lado é visto como torturador e cruel, por outra recebe a gratidão de alguns que afirmam que graças a ele o Brasil hoje não se compara a uma Cuba ou Colômbia.
Nas redes sociais, figuras importantes da política local iniciaram um debate e colocaram seus pontos de vista em relação à homenagem.
O advogado Edinei Muniz utilizou seu perfil no Facebook para postar uma foto do outdoor que traz em seus dizeres: “Lutamos contra terroristas como a Dilma, para salvar o Brasil do comunismo. Apenas cumpri minha missão”.
Muniz mostrou-se contrário à homenagem ao completar a postagem dizendo: “Quem promova uma cena dessas desconhecendo a história é um tolo. Quem o faz conhecendo é um canalha”. A partir daí, uma série de comentários foram colocados contra e a favor das palavras do advogado.
O também advogado Leandrius Muniz afirmou que se as palavras de Edinei valessem como regra, então ele faria parte do grupo dos canalhas com muito orgulho.
Já o ex-deputado Luiz Calixto renegou a afirmação de que Ustra possa ser visto como um herói, o chamando de facínora e afirmando que o coronel merece estar na lata de lixo da história brasileira.
“O coronel facínora Ustra não combateu nada. Ele apenas torturou presos políticos e por essa razão merece estar na lata do lixo da história”, disse Calixto.
O líder liberal no Acre Valdir Perazzo expressou em muitas palavras o que considera como a interpretação real das atividades realizadas por Ustra no tempo do regime civil militar.
“Por derradeiro, antes de dormir, os que Brilhante Ustra enfrentou e derrotou, não lutavam por democracia, lutavam, mediante terror, para implantar uma ditadura comunista. Recomendo que ouçam o depoimento da viúva do terrorista Marighela. Ou se preferirem, ouçam porque Jorge Amado deixou de ser comunista. O escritor não mais conseguiu professar essa religião sem Deus, quando tomou conhecimento dos crimes do monstro Stalin”, disse Perazzo.