ContilNet Notícias

Para evitar “canibalismo”, taxistas fazem lobby contra lei de caminhoneteiros na Aleac

Por REDAÇÃO CONTILNET

Para evitar o que o presidente dos taxistas do Estado do Acre, Tanízio Machado, chama de “canibalismo no sistema de transporte interestadual”, ele e um grupo de taxistas fazem lobby na galeria da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na manhã desta terça-feira (31) contra a aprovação da Lei 272/2017 de autoria do deputado Jenilson Leite (PcdoB) que regulamenta no transporte de caminhoneiros nas rodovias federais do Acre.

Para os taxistas, a lei é inconstitucional, eles alegam que, pelo Código de Trânsito Brasileiro, as pessoas não podem ser transportadas em caminhonetes em rodovias federais. “Esse tipo de transporte vai acabar com a categoria de taxistas e prejudicar as empresas de ônibus também”, disse Machado.

taxistas foram recebidos por parlamentares/Foto: ContilNet

O presidente alega que em anos anteriores, após uma longa discussão, foi estabelecida uma lei de meio termo, que contemplou as categorias. Para ele, o ato do deputado que é da base governista, é eleitoreiro.

“Em vésperas de eleições a gente ver de tudo. Essa turma entrou a pouco tempo no sistema, nós conhecemos, grande parte eram taxistas, venderam as permissões e estão atrás de se regulamentar, ou seja, estrangular o sistema” acrescentou o presidente da categoria.

Taxistas estão na Aleac para protestar contra lei de caminhoneteiros /Foto: ContilNet

Em entrevista, o deputado Jenilson Leite (PCdoB), disse que ao contrário do que pensa a categoria, os caminhoneiros foram os percussores do transporte na BR-364. Um abaixo assinado de motoristas dos municípios de Tarauacá e Feijó, com aval de vereadores das Câmaras municipais, embasa a Lei proposta pelo deputado comunista.

Segundo Jenilson, a lei aprovada anteriormente, deixou a categoria de fora, o que ele chama de “distorção”. A ação, segundo o deputado, é para evitar que os profissionais continuem sendo multados e seus carros apreendidos. “Nós não achamos justos, eles precisam ser reconhecidos porque eles são precursores dos transportes de passageiros na BR”, disse o deputado.

Sair da versão mobile