O relatório da fiscalização que o vereador Roberto Duarte (PMDB) fez por 24 horas no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, no último dia 20 de outubro, aponta, entre outras irregularidades, superlotação nas enfermarias masculina e feminina. O vereador disse que, mesmo com uma série de transferências de pacientes para a Fundação Hospitalar: “Haviam pessoas em macas no corredor e acompanhantes em cadeiras plásticas, onde passam a noite toda”, diz o documento.
Com um total de 75 páginas, o relatório contém uma série de depoimentos e sugestões que foram dadas pelos próprios usuários do sistema único de saúde, coletados por assessores do vereador. Registros fotográficos mostram tudo que é relatado no documento que foi entregue na tarde desta terça-feira (31) no Ministério Público Estadual, na pessoa do promotor Gláucio Shiroma, o deputado estadual Nelson Sales, vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Acre e que será entregue nesta quarta-feira (1) à vereadora Elzinha, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
Em sua conclusão, Duarte pede que o Governo do Acre esclareça em definitivo quando será inaugurada a obra de verticalização do Huerb que se arrasta por quase dez anos. “Nunca foi tão necessário se inaugurar uma obra que se arrasta por muitos e muitos anos” diz o vereador.
Vereador passou 24 horas dentro de hospital para entender os problemas enfrentados/Foto: reprodução
O peemedebista vai pedir informações complementares para embasar indicações de melhoria no sistema, entre elas, valores de financiamento do Hospital, que, segundo dados repassados ao vereador, teve repasses diminuídos nos últimos anos.
Informações das condições de trabalho dos servidores serão levadas aos sindicatos da saúde no Acre e ao Conselho Regional de Enfermagem. O vereador agradeceu a direção do hospital pela autorização para o plantão e a acolhida dos servidores durante sua permanência nas instalações do Huerb. “Precisamos de informações completas do dinheiro investido na obra do novo pronto socorro, como também, saber os motivos do atraso da obra”, conclui Duarte.