O governador Tião Viana pode comemorar: cinco investigações que envolvem ele e outros 4 governadores e fazem parte da Operação Lava Jato foram arquivadas. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, outros seis casos seguem em andamento.
Segundo a publicação, os pedidos de arquivamento partiram da Procuradoria-Geral da República (PGR). “A alegação é de que não há indícios concretos de ilícitos que tenham sido cometidos e que possam dar continuidade às investigações dos casos”, diz um trecho da reportagem.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, acusou Tião de ter recebido R$ 300 mil em caixa 2 em sua campanha ao Senado, em 2010. Outros nomes envolvidos em casos arquivados são: o atual governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB); uma apuração que citava o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e duas investigações ligadas ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). O governador ainda não se pronunciou a respeito.
Relembre
Tião estava sendo investigado em inquérito autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a pedido do antigo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele estava sendo investigado junto com o irmão, Jorge Viana (PT), senador também pelo Acre. Não há informações sobre o andamento das investigações no que diz respeito a Jorge.
A PGR fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht. Fachin autorizou inquéritos para investigar ministros, senadores, deputados e governadores. Segundo o Ministério Público, o senador Jorge Viana pediu dinheiro para campanha eleitoral de seu irmão, Tião Viana, ao governo do Acre, em 2010.
Em nota, à época, o governador afirmou ter “um histórico de combate à corrupção como ativista político, senador da República e governador do Acre” e disse defender: “ apuração de qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada. Tenho integridade, coerência e coragem para não aceitar a sanha condenatória de setores poderosos que destroem reputações tomando apenas a delação interessada de corruptos apanhados no crime”.