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Jorge diz que o Acre tem a gasolina mais cara do país, mas esqueceu que produto nunca foi isento de ICMS

Por REDAÇÃO CONTILNET

Como um petista qualquer 

O senador Jorge Viana vez por outra perde a razão e passa a agir como um petista qualquer. Foi assim nesta quarta-feira (29), quando ele discursou no Senado e criticou o governo de Michel Temer (PMDB) e a direção da Petrobras pelos consecutivos aumentos no preço dos combustíveis.

Debate público com a ANP

Depois de afirmar que o Acre possui a gasolina e o óleo diesel mais caros do país, e que o governo ‘quer tirar o couro’ do brasileiro, ele anunciou que vai solicitar uma audiência pública com a participação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para debater e justificar os seguidos reajustes.

Por partes

O PT, com Lula e Dilma, teve quase 14 anos de poder no governo central. Seriam 16 anos – ou quatro mandatos – não fosse o impeachment que os mandou para casa mais cedo, certo? E o que fizeram os companheiros a fim de que os moradores dos municípios do Vale do Juruá deixassem de pagar a gasolina mais cara do Brasil? Nada! Absolutamente nada!

Pura pantomima

Nem mesmo nos governos do próprio Jorge Viana, nem no mandato seguinte do seu secretário de Educação e vice-governador Binho Marques, nem com a ascensão do irmão Tião Viana, duas vezes eleito para ocupar o cargo, eles falaram em isentar o ICMS incidente sobre os combustíveis a fim de baixar o preço cobrado aos moradores dos municípios mais castigados pela distorção.

Francamente!

Bastava um gesto de renúncia fiscal por parte daqueles que pagam milhões todos os meses, em forma de salários, aos aliados, e os consumidores do Juruá poderiam respirar aliviados com a queda no preço dos combustíveis. Mas não houve renúncia, nem solução nos governos companheiros. E agora Jorge Viana quer repassar a fatura ao sucessor de Dilma, que terá pouco mais de dois anos de mandato? Ah, francamente!

Fanfarronice

O senador do PT também criticou o aumento do preço do gás de cozinha, chamando os reajustes de ‘exploração’. Foi além, ao afirmar que a Petrobras foi ‘privatizada’ pelo governo do PMDB. Quanta fanfarronice, não é mesmo?

Eles privatizaram a petrolífera

Quem privatizou a Petrobras foi o PT, para de lá tirar os recursos que irrigaram campanhas presidenciais e as de outros companheiros – entre os quais, supõe o Ministério Público Federal, a da senadora Gleisi Hoffmann, atual presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.

Crédito aberto

Privatizaram também o BNDES, a fim de que Lula e seus rebentos (um deles chamado pelo pai de “Ronaldinho dos negócios”) pudessem ter crédito milionário junto às maiores empreiteiras do país.

Até a Caixa

Privatizaram também a Caixa Econômica Federal, entregando-a aos aliados do PMDB, a fim de que dela se locupletassem Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima, como podemos acompanhar no noticiário.

Demérito

É do próprio Jorge Viana, aliás, o demérito de receber pensão vitalícia como ex-governador – uma excrescência que custa milhões de reais aos cofres públicos e já foi considerada uma regra inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Resumo da ópera

Em retrospectiva, portanto, não nos parece que o senador petista esteja verdadeiramente preocupado com os moradores do Juruá, que pagam a gasolina, o óleo diesel e o gás de cozinha mais caros do Brasil…

Declaração de apoio

Dias depois de assumir a presidência regional do PPS, a sindicalista e professora Rosana Nascimento declarou apoio à pré-candidatura de Gladson Cameli (PP) ao governo estadual.

Golpe na moleira

O anúncio de Rosana se configura em duro golpe sobre os companheiros, não apenas por ser ela uma dissidente do PT, como por presidir, no Acre, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o Sinteac (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado).

Erro de perspectiva

Rosana só erra, na opinião deste colunista, em atribuir aos antigos aliados do PT ‘atos de direita’, quais sejam: política privatizante, ditadura e perseguição aos servidores no direito de se expressar. Com exceção da primeira, as duas últimas são marcas indeléveis da esquerda onde quer que ela tenha alcançado o poder.

Baixo nível

O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre, deputado Daniel Zen (PT), desceu do salto, ontem, ao responder às provocações do colega Ghelen Diniz (PP). “O bonitão vem aqui [na tribuna] cagar regra e cagar goma”, discursou Zen em baixíssimo nível.

Surto retórico

Tal surto retórico se deu após Diniz lembrar que o pré-candidato da Frente Popular ao governo nas eleições do ano vem responde pelo suposto desvio de mais de R$ 700 milhões do Deracre (autarquia do qual Marcus Alexandre foi diretor).

Pausa

O presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), não apenas determinou que os palavrões proferidos pelo correligionário fossem suprimidos das notas taquigráficas, como anunciou uma pausa na sessão – que acabou resultando no encerramento das atividades legislativas.

Dedução óbvia

Pelo tom da resposta de Daniel Zen a Ghelen Diniz, pode-se deduzir que o clima anda tenso lá pelas bandas da Casa Rosada.

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