A deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB) disse que o atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, pagou com recursos públicos a sua defesa em 44 processos que ele responde junto aos órgãos controladores da União e do Estado. O debate deve voltar a pautar a Assembleia Legislativa do Acre nesta véspera de feriado prolongado. Ontem (31), oposicionistas e governistas debateram exaustivamente o depoimento do prefeito de Rio Branco na sede da Polícia Federal, quando foi levado coercitivamente para depor no mais novo processo de investigação que apura o desvio de R$ 700 milhões no Deracre e DNIT de Rondônia.
O líder do governo, deputado Daniel Zen, disse que, dos 44 processos que o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, responde, 38 já foram arquivados. A declaração foi a deixa para Sinhasique apresentar um verdadeiro dossiê, com farta documentação, que mostra pagamentos com recursos públicos da defesa de Marcus Alexandre, de quase R$ 1 milhão de reais. Fato que, segundo a parlamentar, merece ser investigado.
Todos os processos de contratação da banca de advogados foi publicada no DOE, contratações e aditivos somam quase um milhão de reais.
“Marcus Alexandre usou dinheiro do Deracre para conseguir arquivar 38 dos 44 processos que responde. O montante é de R$ 916,3 mil, quase um milhão de reais que deixaram de ser usados em máquinas e diesel para fazer ramais” denuncia a parlamentar.
A peemedebista sustenta ainda, que, mesmo o Deracre tendo uma banca de advogados e ainda, a Procuradoria Geral do Estado, Marcus Alexandre, usou recursos públicos para contratar dois escritórios de advocacia para fazer sua defesa pessoal, “um no Acre e outro em Brasília”, acrescenta a deputada.
Para Sinhasique essa é outra denúncia grave, por envolver recursos públicos no pagamento de terceiros. A deputada adianta que sua reclamação nada tem a ver com o papel profissional dos advogados, mas com o modus operandi com que o então diretor do Deracre agiu na época dos fatos.
Daniel Zen entrou em defesa de Marcus Alexandre, disse que a inocência dada ao prefeito de Rio Branco em 38 processos, mostra a sua conduta ilibada e transparente. “Se tivessem provas robustas ele teria sido processado independente da banca de advogados contratada”, retrucou Zen.
