Wania Pinheiro sobe o Purus e relata: “A poluição está destruindo a beleza e a saúde dos nossos rios”

A empresária e ativista política Wania Pinheiro esteve no domingo (29) percorrendo trechos dos rios Iaco e Purus para visitar ribeirinhos e ouvir deles a realidade vivenciada às margens dos afluentes que banham a região.

No entanto, durante o percurso ela se deparou com um cenário triste e extremamente preocupante. Centenas de garrafas pet, sacolas, latas e até tampas de geladeiras foram avistados boiando nas águas que dão acesso às comunidades mais afastadas.

“É triste ver toda a riqueza dos nossos rios em risco desta maneira. A poluição começa a estar cada vez mais presente e ainda não vemos uma preocupação mais intensa sobre campanhas educativas ou até mesmo de conscientização sobre a importância de não se jogar lixo nos rios”, disse Wania, que se afastou das atividades empresariais há três meses para se dedicar ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), onde ocupa a função de tesoureira.

Durante a viagem pelos rios, Wania esteve acompanhada da presidente do PTB, Charlene Lima, e visitou a comunidade São Francisco, localizada às margens do rio Purus. Ela se mostrou extremamente preocupada com o rumo que a preservação dos rios locais pode estar tomando.

De acordo com Wania, a falta de informação e preocupação dos órgãos responsáveis em intensificar campanhas na região podem resultar em danos ambientais irreparáveis para o patrimônio natural acreano.

“Não adianta culpar o ribeirinho. As comunidades já enfrentam muitas dificuldades, além da questão do isolamento dos municípios, seria até injusto depositar essa culpa em suas costas. O que se precisa fazer é educar, proporcionar informação e aproveitar de maneira mais eficaz as campanhas itinerantes que chegam até essas pessoas”, afirmou.

 

A empresária disse que deve procurar o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), assim como o Ministério Público do Acre (MPAC) e a prefeitura de Sena Madureira para pedir que medidas sejam tomadas antes que os índices de poluição dos mananciais alcancem uma situação caótica, acarretando na perda dos maiores patrimônios naturais da região, os rios que banham aquela região.

“É possível conscientizar sem punir. Os ribeirinhos precisam tomar conhecimento das doenças e outros prejuízos que a poluição pode trazer. Nós intensificaremos as visitas às comunidades que moram nas margens dos quatro rios da região [Iaco, Macauã, Caeté e Purus] para descobrir a real gravidade da situação e pedir atenção dos órgãos responsáveis”, finalizou.