O governo boliviano tem interesses estratégicos envolvendo o Acre e Estados que fazem fronteira com o país. De acordo com informações da EFE, na quarta-feira (6) o chanceler boliviano Fernando Huanacuni, após retornar do Brasil, destacou que o fornecimento de energia é uma vertente a ser analisada com relação aos Estados vizinhos.
“Eles precisam de energia, eletricidade, gás, ureia, sal…”, destacou o chanceler aos veículos de imprensa. Ele estava acompanhando o presidente da Bolívia, Evo Morales, em sua visita oficial. A informação já repercute nos principais veículos de comunicação.
“Além de energia e derivados do gás, os Estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul requerem da Bolívia integração rodoviária, pontes e outras infraestruturas, ressaltou Huanacuni”, destacou a Agência Brasil.
Foi falado também sobre o interesse mútuo dos dois países de dispor de “uma saída ao Pacífico”, mediante o projeto do Corredor Ferroviário Bioceânico, que atravessaria o Peru, a Bolívia e o Brasil, fazendo uma ligação desde o Oceano Pacífico até o Atlântico.
Essa iniciativa, aliás, foi tema de reunião entre Evo Morales e Temer, presidente do Brasil, na terça-feira (5). Representantes dos dois países assinaram acordos na área de transportes e para o combate ao crime organizado. O trem bioceânico também foi tema de discussões.